Qualquer vento forte, como o desta segunda-feira (24), já mostra que uma das prioridades de Foz do Iguaçu tem mesmo que ser a solução para o problema da alta demanda por corte de árvores que ameaçam cair, com prejuízos e riscos a pessoas.
E a Secretaria do Meio Ambiente de Foz tem razão ao querer solucionar este problema o mais rápido possível.
Ao mesmo tempo, é preciso plantar mais árvores e melhor. E a Secretaria informa que está revisando o Plano Municipal de Arborização, para “restauração da paisagem urbana de Foz” e “restauração de áreas de proteção permanente”, que constituem a base do plano municipal de meio ambiente.
Em resposta ao Não Viu?, que perguntou “qual é a política ambiental de Foz do Iguaçu?”, a Secretaria do Meio Ambiente enviou um ofício com as respostas (veja a íntegra abaixo).
O mais importante disso tudo é que a Prefeitura não está desenvolvendo esse trabalho sozinha, mas em parceria com uma série de instituições, entre as quais a Itaipu Binacional (que tem um know-how ambiental indiscutível), o Parque Tecnológico Itaipu, o ICMBio (que cuida do Parque Nacional do Iguaçu) e outras (veja a relação no texto da Secretaria).
Talvez o mais importante a se dizer sobre tudo isso é que é preciso apressar estudos e ações, porque a deterioração urbana, na questão da arborização e da poluição dos rios, pra ficar em dois exemplo, progride meteoricamente.
No mais, a linha de atuação da Secretaria do Meio Ambiente parece estar no rumo certo, na teoria. Na prática, é só acelerar tudo.
As respostas
Veja a íntegra da resposta da Secretaria ao Não Viu?
“Com relação à arborização urbana, o governo municipal, por meio da Secretaria do Meio Ambiente, vem atuando em duas frentes:
a) Projeto de Lei já protocolado na Câmara Municipal para que os serviços de supressão de árvores, que atualmente são exclusivamente pelo poder público, possam ser executados pro empresas habilitadas que atendam o licenciamento ambiental necessário.
Cabe salientar que essa necessidade é emergencial, pela inexistência de uma política de arborização, incluindo a problemática de distribuição e plantio de espécies inadequadas à nossa cidade durante décadas.
b) Revisão do Plano Municipal de Arborização, o qual contempla o Plano Municipal de Mata Atlântica, ambos sendo feitos por meio de convênio com o Instituto Conhecer para Conservar que, em parceria com as Secretarias Municipal do Meio Ambiente e de Agricultura, formaram um uma rede de instituições e pessoas para diálogos continuados sobre projetos de restauração e de engajamento ambiental. Entre as instituições estão: Itaipu Binacional, Parque Tecnológico de Itaipu, ICMBio, Ibama,– CIH, Unila, UDC, Uniamérica, Coletivo Educador de Foz do Iguaçu, Adere, Fórum Ambiental e 14º Batalhão de Policia Militar do Estado do Paraná.
Esta rede de instituições é responsável pelo planejamento e avaliação de ações em dois eixos principais de atuação, que compreendem a RESTAURAÇÃO DA PAISAGEM URBANA DE FOZ DO IGUAÇU e RESTAURAÇÃO DE ÁREAS DE PROTEÇÃO PERMANENTE.
Na Restauração da Paisagem Urbana de Foz do Iguaçu os trabalhos compreendem:
• Estabelecimento de Parcerias com instituições de conservação ambiental e instituições de pesquisa e ensino para apoio técnico nos projetos de restauração ambiental do município, já firmadas e em atuação;
• Envolvimento de alunos de cursos técnicos e graduação nas áreas de produção agropecuária e ciências da natureza (Agronomia, Técnico em agropecuária, Biologia, Engenharia Ambiental) nos projetos de restauração da paisagem urbana do município;
• Desenvolvimento do Plano Municipal de Arborização Urbana: Diagnóstico da composição florística urbana, diretrizes de planejamento, implantação, manutenção e monitoramento da arborização e do paisagismo urbano. Indicação de árvores para compor a arborização de ruas e canteiros conforme bioma local, além de diretrizes para poda, remoção e substituição de indivíduos;
• Definição e mapeamento de Áreas preferenciais para restauração florestal;
• Promoção de mutirões e ações de plantio planejados de acordo com as demandas do município e projetos específicos. Objetivando o envolvimento comunitário e despertando a consciência ambiental com ações com as escolas municipais, grupos escoteiros e demais entidades. Alem de garantir o cuidado necessário para a manutenção e monitoramento das áreas restauradas;
A Restauração de Áreas de Proteção Permanente envolve:
• Implementação do Plano Municipal de Mata Atlântica junto à Prefeitura;
•Ações de conscientização sobre o Plano Municipal de Mata Atlântica;
• Organização de plantios para compensação de gases de efeito estufa dos eventos realizados no Parque Nacional do Iguaçu e no Marco das Três Fronteiras.
Os principais resultados recentes nas políticas públicas ambientais:
1. Contratação de estagiários desenvolvendo atividades no horto municipal;
2. Indicação de sete áreas urbanas prioritárias para plantio (Avenidas: Javier Koebl, Felipe Wandscheer, Morenitas, Venezuela, Duque de Caxias, Rosa Cirilo de Castro e Tarquínio Joslin dos Santos);
3. Estruturação do Horto Municipal, para otimização de seu uso. Instalação de estruturas para a produção de espécies de interesse para restauração de áreas e uso para arborização urbana.
Instalação de novo sistema de controle de indivíduos e manutenção das mudas alocadas através de cuidado técnico, controle sanitário e instalação de novo sistema de irrigação;
4. Ação de limpeza nas margens de um trecho do rio M’Boicy e plantio de Ipê na mata ciliar, contribuindo desta forma para a
conservação da água.
Participaram da ação cerca de 50 voluntários de diferentes instituições que integram o Coletivo Educador, incluindo a SMMA;
5. Plantio de árvores frutíferas nativas no Parque Remador.
Ação em parceria com o Projeto Força Verde Mirim, Colégio J.K., Secretaria Municipal da Agricultura, Patronato, Instituto Conhecer para Conservar e Rotary;
6. Plantio de mudas de nativas para reconstituição da Avenida Tarquínio Santos, com apoio do Patronato e de Furnas Centrais Elétricas do Brasil.”