A Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) prendeu em Assunção cinco brasileiros do Comando Vermelho, que pretendiam resgatar um dos líderes no Paraguai, o também brasileiro Marcelo Pinheiro Veiga, o Marcelo Piloto, detido na Agrupação Especializada, onde ficam os presos de maior periculosidade.
Entre os cinco detidos na quinta-feira, 4, estava a mulher de Marcelo.
Prontos para o ataque
Nas três casas que o grupo ocupava, foi encontrado um arsenal, composto de fuzis e explosivos, além de uniformes militares, balaclavas, cartuchos de diversos calibres e “miguelitos” (pregos entrelaçados para furar pneus de carros).
Havia, ainda, um caderno com a planta da Agrupação Especializada.
Os brasileiros detidos são: Marisa de Souza Penna, Alan Neves de Conceição, Juarez Italo Paiva Neto, Wanderson Ferreira de Paula Silva e Thiago Lucas Gonçalves. Eles não serão extraditados ao Brasil, segundo o jornal Última Hora, porque não há ordens de prisão contra eles.
Massacre
O dirigente da Senad, Arnaldo Giuzzio, que acompanhou a operação, disse que a desarticulação da célula criminosa impediu que ocorresse um massacre, em vista do armamento apreendido e do objetivo que planejavam, o ataque ao quartel policial.
“Marcelo Piloto” figura como um dos principais líderes do tráfico de drogas e de quadrilhas de ladrões de carros dentro do Comando Vermelho. Ele foi preso em dezembro de 2017.
O criminoso é procurado pela Justiça do Brasil desde 2007, por tráfico de drogas, assalto a mão armada, roubo agravado e formação de quadrilhas entre outros crimes.
Apoio da PF do Brasil
A Polícia Federal informou que colaborou com a Senad na captura do grupo que pretendia resgatar Marcelo Piloto. Segundo nota da PF, isso foi possível graças aos instrumentos de cooperação internacional entre os dois países, que viabilizaram a identificação e a localização do grupo.
Os brasileiros estavam em três casas em Assunção, de onde, conforme foi apurado, pretendiam partir para o resgate do criminoso, durante o próximo final de semana.
A ação da PF reforça a importância da atuação integrada das polícias da América do Sul no combate à criminalidade transnacional.
A PF tem adotado medidas para o incremento dessa integração, inclusive com o acionamento, em junho deste ano, do Centro de Cooperação Policial Internacional, instalado na Superintendência da PF, no Rio de Janeiro. Ele conta com a participação das polícias da Colômbia, Peru, Bolívia, Paraguai e Argentina.
Fontes: ABC Color e Polícia Federal do Brasil