Há quem ache que pouca coisa mudou, há quem diga que poderiam ter feito mais e melhor.
Mas, convenhamos, pra quem pegou uma prefeitura falida, não dá pra reclamar tanto assim de Chico Brasileiro e Nilton Bobato. Foi um primeiro ano de ajustes, de retomada de algumas obras, de pagamento de dívidas acumuladas. E não foi pouca coisa.
Nesta quarta (2) à noite, o prefeito e seu vice prestam contas deste primeiro ano de gestão, em cerimônia aberta ao público, a partir das 19h. Mas já dá pra adiantar o que vão informar à população.
Com base em press-release da Prefeitura e, também, na postagem feita por Nilton Bobato em sua conta no Facebook, a gente resume o que foi o ano em Foz.
Contas públicas – A recuperação econômica foi o maior desafio, dizem Chico e Bobato. Só em dívidas da gestão anterior, havia a pagar mais de R$ 62 milhões.
As contas estão em dia e os fornecedores recebem até 20 dias depois da certificação da nota, “o que aumentou a concorrência das licitações municipais e, como consequência, a Prefeitura paga menores preços”, diz Bobato.
Chico lembra que o Tesouro Nacional melhorou a nota do município: era C e agora é A.
Obras – Mesmo com o caixa lá embaixo, foi possível renegociar obras paradas, como das avenidas Andradina e Felipe Wandscheer. A Olímpio Rafagnin, marginal da BR-277, será reiniciada nos próximos dias.
Foram construídas duas unidades de saúde, no Cidade Nova e Jardim São Roque; o CER VI (Centro Especializado em Reabilitação); as praças do Mitre, da Bíblia e da Paz; três campos de futebol e o ginásio do Ouro Verde, que estava danificado desde a chuva de granizo em setembro de 2015.
Novidades – No balanço, Chico e Bobato vão citar também projetos em andamento, como o Programa de Regularização Fundiária, as obras de combate a alagamentos (começaram pelo Jardim São Luiz e devem ser estendidas para outras regiões, como Jardim Universitário e Vila Brás), os investimentos na educação e a construção de três novos CMEIS, em Três Lagoas, Cidade Nova e Jardim São Roque.
Saúde – O Não Viu? pega no pé da Prefeitura pela questão da saúde oftalmológica, mas o balanço a ser apresentado destaca a contratação de mais de 170 médicos em um ano de gestão e a reativação do Laboratório Municipal, que hoje faz mais de 60 mil exames por mês.
“Reabrimos a Upa Morumbi, que atende cerca de 500 pessoas por dia. Só no ano passado pagamos R$ 13 milhões em dívidas da gestão Reni Pereira ao Hospital Costa Cavalcanti. Muitos fornecedores também foram pagos. Houve um grande avanço e muitos investimentos, mas a saúde é um aperfeiçoamento constante, ela não se resolve da noite para o dia”, conta o prefeito.
Câmeras – Na verdade, a gestão passada foi um desastre nas mais diversas áreas. Como a de videomonitoramento, que estava com 120 câmeras abandonadas, para as quais foi feita licitação para o conserto. E foram compradas mais 134, o que permitirá um melhor videomonitoramento ainda este ano.
Asfalto – O vice-prefeito conta que 54 ruas da cidade estão sendo pavimentadas e que a Usina de Asfalto está na fase final. A operação tapa-buracos deu uma melhorada no estado das ruas, bem como a roçada do mato que ocupava ruas e avenidas.
Conclusão – É um começo. Pela situação anterior, um bom começo. Agora, dará pra atual gestão mostrar de fato a que veio.