7 de Setembro de 2021

Mas esses grilhões estão pouco a pouco sendo vencidos e, logo, daremos nosso segundo grito

Foto: Não Viu?

7 de Setembro de 2021

*Por Carlos Galetti

Quando eu era criança, a cerca de 60 anos atrás, estamos falando do ano do Senhor de 1960, lembro que imaginava em 2020 os carros voariam, seríamos tele transportados e já teríamos, há muito, comunicado com outros mundos.

Realmente muito já aconteceu, mas ainda tem muito espaço para evoluirmos.

Mas vamos falar de um pouco antes disso. O Brasil havia sido descoberto em 1500, há quem diga que foi um pouco antes e que Cabral não teria nada a haver com essa história.

O importante é que a terra aí estava, a Corte Portuguesa teria vindo para a nova colônia, já iniciando o processo de exploração das riquezas da rica descoberta, maxi o ouro, produto farto naquele novo empreendimento.

O tempo vai passando, a corte volta à Portugal, pois se não o fizesse corria o risco de perder o que já tinha na Europa, decidindo deixar aqui seu príncipe, que seria, a partir de então, o Regente dos destinos do Brasil.

Dom Pedro seria de grande valia nos novos destinos da terra, pois o ilustre lusitano interessou-se pela boa condução da nação, colocando-a em posição de destaque no certame das nações, evoluindo na educação do povo, nas infraestruturas básicas, despertando o ciúme do Reino de Portugal e, também, preocupação.

O medo era justificado, pois a nova colônia já almejava a independência dos mandos de Portugal. Don João num esforço final, após vários movimentos que avizinhavam a situação de perda da colônia, ordena a volta de Don Pedro para Portugal; causando um impasse, gerando o que ficamos conhecendo como o Dia do Fico, onde Pedro desobedece a corte Portuguesa e se recusa a voltar, isso em janeiro de 1822.

O tempo continua a passar, os nobres da nova colônia, que já não é tão nova, começam a influenciar Don Pedro para que esse faça a independência. No dia 07 de setembro de 1822, às margens do Rio Ipiranga, no Estado de São Paulo, sob um lindo céu de puríssimo azul, céu este que seria retratado nas cores de nossa bandeira, que passaria a ser adotada como flâmula do Brasil, Don Pedro mandaria à corte portuguesa a sua derradeira decisão.

Diante de tropas portuguesas que ainda se encontravam no Brasil, de tropas brasileiras, com corações brasileiros pulsando a um só compasso, deu o grito que tornaria o Brasil independente para todo sempre: – Independência ou Morte!

Assim passamos à Nação independente, reconhecida dentre as demais nações. Ainda somos escravos diante de maus brasileiros, de antipatriotas, de corruptos desavergonhados. Mas esses grilhões estão pouco a pouco sendo vencidos e, logo, daremos nosso segundo grito. Viva o Brasil!

*Carlos A. M. Galetti é coronel da reserva do Exército, foi comandante do 34o Batalhão de Infantaria Motorizado. Atualmente é empresário no ramo de segurança, sendo sócio proprietário do Grupo Iguasseg. 

Vivendo em Foz já há mais de 20 anos, veio do Rio de Janeiro, sua terra natal, no ano de 1999, para assumir o comando do batalhão.

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