Quer afastar os azares de agosto, mês considerado do azar não só no Brasil, como em outros países? Junte os amigos para beber uma mistura de caña (pode ser cachaça), arruda e limão, receita de nossos hermanos paraguaios e argentinos.
Se afasta os azares, é difícil dizer. Mas, se beber, não dirija.
Brincadeira (ou seriedade) à parte, o carrulim, como é chamado no Paraguai, é uma tradição antiga, que se bebe sempre no primeiro dia deste mês.
O jornal ABC Color diz que a tradição surgiu porque foi em agosto que Caim matou Abel (como se chegou a esta informação? Talvez questão de sorte histórica).
A revista Superinteressante traz um pequeno artigo com mais informações sobre este mês agourento.
Informa que já no século 1 os romanos acreditavam que agosto era mês do azar, pois neste mês um dragão passeava pelo céu noturno (o dragão nada mais era do que a constelação de Leão, mais visível nesta época).
Agosto, mês do desgosto, como se diz no Brasil, vem de uma frase popular: “casar em agosto traz desgosto”. De onde surgiu isso? Da tradição portuguesa, informa a Superinteressante.
É que, na época das grandes navegações, era em agosto que as caravelas iam ao mar. Assim, nenhuma namorada de marinheiro queria se casar neste mês, pois não poderia desfrutar da lua-de-mel e ainda corria o risco de passar da condição de recém-casada para a de viúva.
Depois, vêm as coincidências (ou não?): no Brasil, Getúlio Vargas se matou em agosto; e o presidente Jânio Quadros renunciou também neste mês (e deu no que deu, o vice assumiu, a política virou uma bagunça e os militares deram um golpe).
No mundo, também tem dessas coincidências:
O início da Primeira Guerra Mundial foi em 1º de agosto de 1914.
A destruição de Hiroshima por uma bomba atômica foi em 6 de agosto de 1945.
E a construção do Muro de Berlim foi em 13 de agosto de 1961.
Haja carrulim!