Os revendedores de gás de cozinha de Foz do Iguaçu foram convocados para uma reunião com o Ministério Público, para discutir as irregularidades na comercialização.
O encontro vai ser quarta-feira (26), às 14 horas, no plenário do Tribunal do Júri, no Fórum do município.
O comércio de botijões por vendedores clandestinos é um dos problemas na fronteira, segundo Sandra Ruiz, presidente do Sinegás, que representa as revendas legais em 229 municípios do interior do Estado.
Além da concorrência desleal com os comerciantes que seguem as normas da Agência Nacional de Petróleo e as legislações estadual e municipal, esse tipo de negócio irregular oferece risco à segurança dos consumidores. D
Segundo Sandra Ruiz, a Promotoria decidiu convocar os revendedores para uma reunião para entender como está o mercado e para alertar sobre as consequências legais para quem revende gás de cozinha sem autorização da ANP.
“O objetivo do sindicato é fazer ações planejadas para orientar e defender os empresários do setor. Por isso, quando recebemos denúncias de irregularidades, temos a obrigação de encaminhar para os órgãos de fiscalização, como ANP e Ministério Público. Não podemos nos omitir diante de situações que não estão de acordo com a regulamentação”, ressaltou a presidente do sindicato.
Falência
A combinação de alguns fatores, como o mercado ilegal, as alta sucessivas por causa da política de preços adotada pela Petrobrás, os reajustes salariais, os aumentos no óleo diesel e na gasolina têm inviabilizado o negócio e se tornaram o principal motivo para a falência das revendedoras.
Tanto que, só este ano, cerca de 420 empresas do setor fecharam as portas no Paraná, sendo 23 delas em Foz do Iguaçu.
“As revendas estão sufocadas. O mercado é muito concorrido e as empresas sempre têm dificuldade de repassar os reajustes ao preço final. Isso coloca em risco a situação financeira da empresa e muitas acabam partindo para a informalidade. Um outro problema é a concorrência com os piratas, que vendem o produto por um preço menor. É que eles não pagam impostos e nem respeitam qualquer norma de segurança da Agência Nacional de Petróleo”, concluiu Sandra Ruiz.