Aos mestres com carinho
*Por Carlos Galetti
Falando sério.
Hoje, quero falar dos mestres, dos professores e das professoras daquele tempo em que o respeito se dava e se recebia; lembrar-nos daqueles incansáveis, que se dedicavam de forma heroica pelo objetivo do ensino.
Davam a continuidade aos ensinos que auferíamos em casa, tornando-se uma extensão do que nossos pais nos ensinavam na tenra idade.
Os mestres eram como os próprios pais, talvez por isso os respeitássemos tanto.
Agora, deixe que eu fale da decepção dos dias atuais, nos quais vemos professores sendo agredidos, covardemente, seja por alunos ou até pelos pais desses alunos.
Atingimos ao ponto de termos profissionais da área de ensino amargando doenças psicológicas, por conta dos traumas vividos em sala de aula.
Humilhados, brutalizados, machucados dentro e fora do corpo, lembrando que as feridas externas são facilmente cicatrizáveis, enquanto as feridas da alma são muito mais difíceis de cicatrizar.
Os mestres de hoje estão perdendo a luta para os traficantes, amargam derrotas para o sistema infestado de ideologias alienígenas, seus antigos seguidores preferem o canto das sereias dos funks das drogas.
Mas, mestre, faça um “mea-culpa”!
Será que tendes culpa no atual sistema?
Deixaste te envolver por ideologias espúrias?
Aceitaste que o templo sagrado da tua sala de aula fosse invadido por ideias controversas, prejudiciais ao desenvolvimento dos pequenos?
Afastaste-te de Deus, levando contigo seus alunos?
Deixaste que seus preciosos ensinamentos fossem substituídos por falsos conceitos, que transformam seus alunos em algozes que hoje, além de não te respeitarem, o agridem com palavras que não refletem os antigos ensinamentos de nossos pais – isso na melhor das hipóteses?
Mestre, volte ao teu Deus!
Distribua amor dentre teus discípulos, praticando o Evangelho da Paz e da Harmonia.
Nem tudo está perdido, sempre haverá tempo para praticar o bem e ensinar os teus seguidores a praticarem a bondade, o amor, o respeito.
Que assim seja!
*Carlos A. M. Galetti é coronel da reserva do Exército, foi comandante do 34o Batalhão de Infantaria Motorizado. Atualmente é empresário no ramo de segurança, sendo sócio proprietário do Grupo Iguasseg.
Vivendo em Foz já há mais de 20 anos, veio do Rio de Janeiro, sua terra natal, no ano de 1999, para assumir o comando do batalhão.