O presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, destacou, nesta segunda-feira (25), a capacidade e o compromisso do novo diretor-geral paraguaio de Itaipu, Federico González, que deixou o Ministério das Relações Exteriores para assumir o cargo na usina, em substituição a a Ernest Bergen, que renunciou na semana passada por motivos pessoais, segundo a versão oficial.
O presidente defendeu que a renegociação com o Brasil será conduzida pela Presidência da República e pelo Ministério da Relações Exteriores paraguaio, lembrando que o conhecimento do Gonzalez, como ex-chanceler, será de extrema importância para essa “causa nacional”.
Em entrevista coletiva, o presidente destacou a trajetória profissional de González nesta segunda-feira, afirmando que ele tem o perfil necessário para contribuir com a renegociação do Anexo C, em 2023, do Tratado de Itaipu, o que não envolve a obrigatoriedade do Paraguai vendar só ao Brasil a energia da usina de Itaipu que não utiliza, mas apenas a comercialização do valor da energia.
O presidente paraguaio afirmou que o ex-chanceler nacional compreende profundamente o grande desafio que implica a revisão do Anexo C de Itaipu, tendo em conta que até recentemente foi membro do Conselho de Administração da Itaipu.
Vale ressaltar que, em 2020, o Brasil pagou pela energia que o Paraguai não usou 240,8 milhões de dólares.
Agora, o governo do Paraguai quer vender essa energia para os países que pagarem o melhor preço, o que poderá ser feito através das novas linhas de transmissão em construção no país, inclusive com financiamento do governo japonês.
No entanto, para rever essa obrigatoriedade é preciso alterar o Tratado de Itaipu.
Atualizado em 27/01.
Com informações da Agência IP