Sempre há um final…
*Por Carlos Roberto de Oliveira
Sons difusos invadindo os espaços em que pessoas apressadas se punham a caminhar em um vai e vem frenético daquele final de um dia arrastado e que insistia em manter-se carrancudo, como que exigindo algum tipo de reação, para tentar alterar uma sensação desconfortável de enfrentamento a algo negativo por acontecer.
Entre intrigado e esperançoso, procurou encontrar uma fórmula de reverter aquela situação.
E a que lhe pareceu mais conveniente seria dar uma escapadinha para tomar uns goles e relaxar, mas esbarrou em um leve problema, sua consciência.
Como justificar para a “patroa” um atraso que não estava na agenda semanal da partidinha de futebol com os amigos?
E uma espécie de cabresto domiciliar o atingiu, preocupando-o, pois se o dia já estava difícil, com certeza pioraria.
De repente, e parecendo que sua intuição seria antecipada, eis que o celular toca e quem era? Sim, ela, a companheira.
Qual não foi sua surpresa, porém, quando sem maiores delongas foi logo dizendo:
– Amor, estou saindo, a Marisa me convidou para ajudá-la na preparação de seu “chá de panela”. Não me pergunte que horas volto. Tchau…
Daquele dia em diante, tudo foi diferente, não mais avisava quando iria chegar.
Três meses após o inesperado chá de panela, igualmente disse tchau …
Carlos Roberto de Oliveira é empresário do ramo de Logística em Foz do Iguaçu