Os encantadores de burros
*Por Carlos Galetti
Gostei e resolvi repassar.
Uma jovem bonita, chamada Lolita, foi para o campo e comprou um burro de um velho fazendeiro por 500 euros. O fazendeiro concordou em entregar-lhe o burro no dia seguinte, mas aconteceu um imprevisto e, nessa noite, o animal morreu.
Quando a Lolita voltou para levar o burro, o velho lhe disse:
– Desculpe, Lolita, mas tenho más notícias para lhe dar. É que o burro morreu.
– Bem – disse a Lolita – então, devolva-me o meu dinheiro.
– Não posso, já o gastei, Lolita.
– Bem, não importa, me dê o burro.
– E para quê? – perguntou o velho.
– O que é que você vai fazer com ele?
– “Vou sortear – respondeu Lolita.
– Você está louca? Como vai sortear um burro morto?
– É, eu não vou contar para ninguém que ele está morto, é claro.
Um mês depois desse evento, o fazendeiro encontrou Lolita e lhe perguntou:
– Então o que é que aconteceu com o burro?
– Como lhe disse, o sorteei. Vendi 500 números a 20 euros cada e ganhei 10.000 euros.
– E ninguém reclamou? – perguntou o velho.
– Apenas o vencedor – disse Lolita.
– Mas eu devolvi os 20 euros para ele.
Moral da história: uma mulher que, durante a vida, nunca trabalhou, nem fez nada de produtivo, agora está muito rica, porque encontrou muitos “burros mortos” pelo caminho e os sorteou para muitos ingênuos.
George Orwell escreveu:
– “O povo que escolhe corruptos, inúteis, cínicos e traidores, não é vítima, é cúmplice”.
*Carlos A. M. Galetti é coronel da reserva do Exército, foi comandante do 34o Batalhão de Infantaria Motorizado. Atualmente é empresário no ramo de segurança, sendo sócio proprietário do Grupo Iguasseg.
Vivendo em Foz já há mais de 20 anos, veio do Rio de Janeiro, sua terra natal, no ano de 1999, para assumir o comando do batalhão.