Ano Velho, Ano Novo ou Ano que passou?
Por Carlos Roberto de Oliveira
Exaltar o ano que se finda é, no mínimo, uma forma de reconhecimento pelo que ele ofereceu em termos de vida; se pelas alegrias, agradecendo-o, se pelas adversidades, tomá-las como experiência; até porque não há como evitar esta dualidade.
Já para o ano que se inicia, sempre terá uma incógnita, cuja solução para a equação exigirá, com certeza, o uso da razão, contudo não dispensando a companhia da emoção.
E num contexto não discriminatório, o ano que cumpriu seu ciclo não deveria ser chamado de “Ano Velho” e, sim, do “Ano que Passou”, pois seguramente fatos impactantes marcaram sua trajetória na vida de cada um.
Algo assim como uma separação conjugal, ou menos trágico, uma união pelo casamento ou pela estabilidade? Sem falar no nascimento de um filho? Ou o primeiro emprego, ou por outra, a primeira atividade remunerada como autônomo? O desafio de passar no vestibular…
Ah, dirão muitos, tudo isto com toda certeza ocorrerá no ano novo que se iniciará, sim, com certeza, só que assim se manifestando, a opção que encontram é a usual colocação do “Feliz e prospero Ano Novo” …
Com a mesma conotação altruística, e considerando um contexto mais para a solidariedade, há no cancioneiro brasileiro uma composição cuja mensagem diz o seguinte:
Ôh, Antonico
Vou lhe pedir um favor
Que só depende da sua boa vontade
É necessário, uma viração pro Nestor
Que está vivendo em grandes dificuldades…
Carlos Roberto de Oliveira é empresário do ramo de logística em Foz do Iguaçu