Dezenas de mineradores de criptomoedas continuaram operando inadvertidamente e furtando energia no Paraguai, em várias regiões do departamento de Alto Paraná, cuja capital é Ciudad del Este, ligada a Foz do Iguaçu, no Brasil, pela Ponte da Amizade.
Para a imprensa do país vizinho, o fato revela a cumplicidade de funcionários do Estado e a negligência do Ministério Público, que deveria investigar esses crimes.
Segundo o jornal “La Clave” (clique aqui para ver a matéria), empresários escolheram investir no Paraguai por causa do fornecimento de energia e da facilidade em furtar a mesma, com a cumplicidade dos funcionários do governo e com o silêncio complacente dos promotores, que deveriam intervir.
O esquema
Os empresários preparam a estrutura de trabalho e colocam os medidores em nome de terceiros para evitar processos judiciais. Além disso, uma vez retirados os medidores, eles voltam a ligar diretamente a energia, em cumplicidade com funcionários da ANDE, informou o Jornal.
A suspeita é que agentes do Estado estejam envolvidos no esquema. Apesar de algumas intervenções esporádicas, esses estabelecimentos fervilham em todo o Departamento, já que não há punições ou consequências legais para os responsáveis pelo furto de energia.
A esperança é que o presidente eleito do Paraguai, Santiago Peña obrigue o Ministério Público a agir com mais rigor diante do descarado furto de energia que se registra em Alto Paraná, além de combater a corrupção existente na ANDE.