Nas quatro estações do ano há, em cada uma delas, uma peculiaridade que chama atenção, e com a primavera, em especial, pela sua essência, aquela que induz à beleza da mulher enquanto encantamento e poesia.
Da agressividade do inverno com seu tom cinza, às cores vibrantes da primavera, impossível não agradecer a transformação radical em que a natureza em festa se oferece para uma comemoração interativa.
Não a penalizem antecipadamente, ela ainda está em processo de transição de uma estação não muito acolhedora, logo deixará de oscilar e manterá sua perenidade, até porque, só quer formar um cenário onde todos sejam atores de uma peça que os façam esquecer-se das sandices estupidas de quem tem, no culto à ignorância, sua razão de ser.
Talvez aquele florista que passa entre as mesas dos bares com suas rosas vermelhas, oferecendo-as como sugestão de reconhecimento à figura da mulher, seguramente representada pela primavera, consiga resgatar um sentimento tão nobre, e um tanto esquecido, o da preparação de uma cumplicidade com um pouco mais de romantismo, como que alertando que ainda há espaço para harmonizar a ação ao sentimento, nem que seja só durante a primavera.
Que se ignore qualquer preocupação com algum tipo de comportamento determinado por algum modismo, já com os modos, respeitemos a quem de direito, a primavera.
Seja bem-vinda, esperada e indispensável companheira!
Por Carlos Roberto de Oliveira é empresário do ramo de Logística em Foz do Iguaçu