Desde sábado, sem qualquer aviso antecipado por parte das autoridades federais, estaduais e municipais, os turistas que tentaram entrar na Argentina se depararam com uma situação constrangedora e inusitada: a Polícia Federal passou a padronizar os procedimentos de fiscalização e migração na aduana da Ponte Tancredo Neves, o que resultou em filas enormes, por falta de uma estrutura adequada para tanto.
Ontem (22), os turistas tiveram que aguardar, no sol, sob uma temperatura que chegou a 32,6 graus, segundo foi registrado pela estação meteorológica do Simepar em Foz do Iguaçu, aos trâmites burocráticos para poderem atravessar a fronteira e encontrar outra fila do lado argentino.
Para piorar tudo, os banheiros da aduana brasileira estavam interditados, devido a um problema da Sanepar, para o desespero dos guias de turismo. Como eles, turista e guias, se viraram, ninguém sabe.
Mas o constrangimento não parou por aí: presidente do Conselho Municipal de Turismo, Paulo Angeli, disse agora de manhã, em entrevista à Rádio Itaipu FM, que só dois funcionários da PF estavam trabalhando para atender quem estava nas longas filas.
Angeli disse ainda que, na semana passada, a PF se reuniu com representantes do setor, para avisar da adoção da nova medida, porém, em momento algum, foi definida uma data para tanto.
Nesta segunda-feira, essa situação vexatória não mudou: pela manhã mais de 400 pessoas aguardavam na fila, sem banheiro disponível, para cruzar a fronteira.
Enquanto isso, a Secretaria Municipal de Foz do Iguaçu, sob o comando da petista André Aliana, nem se manifestou sobre o assunto, e muito menos o prefeito Chico Brasileiro.