Os arredores da Basílica de Caacupé ficaram lotados de fiéis. Como é tradicional, um festival de fogos de artifício abriu as principais comemorações do Dia da Virgem de Caacupé. Enquanto os peregrinos continuavam chegando foram realizadas várias apresentações artísticas de grupos de dança paraguaios.
Depois de viajar até a Basílica, muita gente aproveitou para descansar nas calçadas mesmo, enquanto outros acenderam velas para a Virgem.
No final da manhã, os visitantes saudaram a Virgem agitando os lenços no ar, como é costume. Várias autoridades estiveram no local e participaram das comemorações.
Durante a celebração, o bispo Dom Ricardo Valenzuela destacou o poder da oração e exortou os paroquianos para orarem por bons governantes. “Quando os justos predominam, o povo se alegra; quando pessoas más governam, as pessoas sofrem”, disse ele.
Críticas e protesto – Toda a novena da Virgem de Caacupé teve fortes críticas ao novo Governo, com destaque para o aumento da violência social, o problema fundiário, a situação crítica do Chaco, o trabalho do Ministério Público, os atos de corrupção, os feminicídios e o problema das prisões no país.
O presidente Santiago Peña e a delegação formada por ministros e outras autoridades foram agredidos em Caacupé por um homem que protestou contra a polêmica lei de superintendência de aposentadorias e pensões.
Ao final da cerimônia em homenagem à Virgem de Caacupé, o homem exigiu que o Presidente da República, Santiago Peña, se comprometesse com os cidadãos e não permitisse fundos de aposentadoria a serem tocados.
“É fácil vir aqui, levantar-se e na quarta-feira ir negociar tudo por baixo da mesa. Não se mexe no dinheiro dos aposentados”, expressou indignado e acompanhado pelos aplausos massivos dos paroquianos.
O homem se referia ao polêmico projeto de lei da superintendência de Aposentadorias e Pensões, que deveria ter sido discutido na última quarta-feira no Senado, mas cuja sessão acabou ficando sem quórum.
Embora não houvesse mais quórum, o cartista Basilio Núñez tentou colocar o projeto em votação.
A iniciativa é rejeitada por diversas organizações civis e sindicais que se mobilizaram, dada a possibilidade de o Estado utilizar as poupanças dos aposentados diante do que chamam de “má gestão do dinheiro público”.
Com informações do Última Hora