O Carnafalls 2024, que inicia no dia 10 de fevereiro na Praça da Paz, terá a participação do Bloco das Martinas, celebrando o empoderamento feminino e travando uma luta contra o assédio, o feminicídio e o combate as violências contra as mulheres.
A iniciativa é do coletivo feminino Baque Mulher Foz, com o apoio do CRAM (Centro Referência em Atendimento à Mulher em Situação de Violência), Delegacia da Mulher e da Patrulha Maria da Penha, que junto a um grupo potente de mulheres deram vida ao bloco de carnaval que levanta o nome de Martina Conde Piazza, vítima de feminicídio em 2014, em Foz do Iguaçu.
O coletivo Baque Mulher Foz já reconhecido por seu trabalho em defesa dos direitos das mulheres foi pioneiro na luta pela igualdade menstrual na fronteira e se reúne agora para levar suas lutas ao carnaval de Foz. O bloco participará das atividades nos dias 10, 11 e 13 na Praça da Paz.
Martina
Batizado em memória à Martina Conde Piazza, estudante uruguaia que foi tragicamente assassinada em 2014, o grupo carnavalesco homenageia a vítima e destaca a urgência de combater a violência de gênero, a transfobia, o assédio e o feminicídio.
No dia 2 de março de 2014, durante as celebrações de carnaval, após se apresentar com um grupo de Maracatu, Martina encontrou-se com um rapaz em um bar. Depois de sair do local com ele, a estudante desapareceu. A busca por Martina começou somente 48 horas após seu desaparecimento, impulsionada pela pressão da embaixada do Uruguai sobre a polícia brasileira. Quatro dias depois, Martina foi encontrada morta em um apartamento. O assassinato de Martina chocou a comunidade e ressaltou a gravidade da violência contra as mulheres.
Dados
De acordo com a Delegacia da Mulher de Foz do Iguaçu, houve sete feminicídios consumados em 2023, mais que o dobro de casos ocorridos em 2022.
“O principal fator desse aumento é o machismo enraizado dentro da nossa sociedade. Precisamos lutar fortemente contra o machismo. O Bloco das Martinas é uma linda iniciativa nessa luta diária contra o machismo, já que irá debater um assunto importantíssimo em uma época em que a violência contra a mulher costuma aumentar: no carnaval”, afirma a delegada Giovanna Antonucci.
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