O trabalho feminino vem ganhando destaque na construção da Ponte Bioceânica, obra financiada pela Itaipu Binacional que está sendo construída entre as cidades de Carmelo Peralta (Alto Paraguai) e Puerto Murtinho (Mato Grosso do Sul, Brasil). Desde o início das tarefas, a força de trabalho feminina, em diferentes cargos, representa um fator chave dentro do empreendedorismo.
A ponte é uma contrapartida da Itaipu da margem paraguaia à Ponte da Integração, entre Presidente Franco, no Paraguai, e Foz do Iguaçu, no Brasil, construída pela margem brasileira da empresa.
Ela é uma das principais obras da Rota Bioceânica, que abrirá acesso para o Brasil chegar aos portos chilenos do Oceano Pacífico (confira AQUI)
Atualmente, o projeto está mais de 40% concluído. Já foram instaladas 40 vigas longitudinais pré-fabricadas e transportadas até a área de obra, a partir da cidade de Capiatá, no trecho correspondente ao viaduto de acesso do lado paraguaio.
Para chegar a esta importante etapa da fase de construção, a mão de obra feminina torna-se de fundamental importância. Setores como administração, segurança, fiscalização e obras contam com mulheres da cidade chaquenha de Carmelo Peralta e de outras partes do país, que desempenham funções com profissionalismo e estrita responsabilidade.
Trabalhadoras
Uma delas é Mónica Escobar, que atua como artilheira. Originária de Vallemí, departamento de Concepción, sua tarefa é controlar o número de trabalhadores que atuam diariamente na zona de construção da margem paraguaia.
“Esta é uma oportunidade para nós, mulheres. Aqui aprendemos muitas coisas e aprimoramos ainda mais nossos conhecimentos. Para mim é uma experiência muito boa e penso que todos os meus colegas, sejam eles da cidade ou locais, estão qualificados para o trabalho”, afirmou.
Cinthia Mareco Gamarra é outra das mulheres que desempenha papel essencial na construção da futura ponte. Sua função é controlar todos os equipamentos utilizados nas tarefas diárias, sejam eles de pequeno ou grande porte.
“Como local, tenho muito orgulho de fazer parte deste megaprojeto, que abre muitas oportunidades para os jovens que estão concluindo a escola e precisam de um lugar para treinar”, disse ela. “Com essa construção existe a possibilidade de emprego, valorizamos muito isso porque não precisaremos mais sair da nossa cidade para seguir em frente”, acrescentou Cinthia.
Por sua vez, Rocío Gracia Adorno, que também atua na parte logística de equipamentos, disse que o trabalho gerado para as mulheres é muito importante, pois com isso elas ganham experiência em projetos de grande porte e podem ser aplicadas em outros projetos. o país. “Temos muita sorte de fazer parte desta empresa, somos abençoados por estar trabalhando e com inúmeras oportunidades em um empreendimento como este”, disse ela.
A Ponte Bioceânica terá extensão aproximada de 1.294 metros, dividida em três trechos: dois constituirão os viadutos de acesso às duas margens do Rio Paraguai, e um corresponderá ao trecho estaiado de 632 metros, com vão central de 350 metros
A obra na zona de construção é executada pelo Consórcio PYBRA (Tecnoedil SA, Paulitec e Construtora Cidade) e fiscalizada pelo Consórcio PROINTEC, sob gestão do Ministério das Obras Públicas e Comunicações (MOPC).
Com informações da IB do Paraguai