A Itaipu Binacional divulgou nesta terça-feira, 30 de abril, a informação de que a tarifa cobrada pela usina binacional é a 3ª menor do Brasil. A matéria contraria o que foi noticiado pela imprensa nacional ontem (leia aqui), com base em informações da Frente Nacional de Consumidores, colocando a usina como a que possui a tarifa mais cara do mercado brasileiro.
O que diz a Itaipu
O valor da energia de Itaipu, levando em conta os recentes processos de Reajuste Tarifário Anual, conduzidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), é de R$ 204,95/MWh, com queda de 26% nos últimos dois anos, segundo levantamento apresentado pela Diretoria Financeira da empresa.
Os números contrariam as informações da Frente Nacional de Consumidores, divulgadas no início da semana em veículos de comunicação do País. O estudo da entidade adiciona aos custos de Itaipu, equivocadamente, as despesas relativas à conexão ao Sistema Interligado Nacional (SIN), o que inclui sistema de transmissão em corrente contínua de Furnas.
O que diz a Frente Nacional de Consumidores
A matéria divulgada ontem afirma o seguinte: o preço médio do MWh vendido pelas usinas brasileiras, em 2023, foi de R$ 101,78, já o preço cobrado pela Itaipu, que as distribuidoras são obrigadas a comprar por força do Tratado de Itaipu, foi quase o triplo: R$ 294.
Resumo da ópera: nessa guerra de narrativas, o fato é que, realmente, o preço da tarifa da Itaipu é muito caro e deveria ser de, no máximo, US$ 11,00 o kW, porque a dívida da empresa para construir a usina foi quitada integralmente no ano passado.
E não os US$ 16,71 cobrados atualmente e, muito menos, os US$ 14 que seriam propostos ao Paraguai pelo governo brasileiro, na renegociação do Anexo C do Tratado de Itaipu que está emperrada.