Por Carlos Roberto de Oliveira, empresário do ramos de logística em Foz do Iguaçu
Aos poucos, o grupo ia se formando e, à medida que alguém chegava, sempre era cumprimentado com alegria, sem escapar de uma pitada de jocosidade.
Era uma praxe.
Já com a presença daqueles que normalmente compunham aquela facção, de amigos, lógico, duas mesas eram disponibilizadas para deixá-los mais à vontade e, a partir desse momento, o papo corria solto… e o liquido, em quantidade e variados teores alcoólicos, igualmente.
De tudo um pouco era comentado, afinal ecletismo era o que não faltava.
Em dado momento, aquele que até então era o mais retraído e que quase pagava para não falar, e importante, ainda sóbrio, levantou-se e, alto e bom som, manifestou um sonoro “Liberdade não é concessão, é um direito”.
Espantados e curiosos, ainda ouviram alguém concordando, bravo!
Um outro, por sua vez, balbuciou, hoje promete.
Movidos pela curiosidade, muitos cobraram do filosofo circunstancial explicações daquele arroubo de declaração.
Serenamente, brindando a todos, e até com um discernimento que surpreendeu, explicou o pensador que suas palavras pretendiam, sem presunção, enfatizar toda sexta-feira quando, efetivamente, é possível se aproximar da fraternidade e da igualdade, com liberdade, ainda que tardia, pois somente então conseguira a concordância dessa prerrogativa… pela sogra.