Um aviso com a inscrição “banheiros neutros” (sem distinção de uso para homens ou mulheres) colocado no Centro de Convenções da CONMEBOL, em Assunção, Paraguai, onde está sendo realizada 54ª Assembleia Geral da OEA, desencadeou todo tipo de polêmica nas redes sociais.
Um dos que criticaram os “banheiros neutros” foi o pastor evangélico argentino Gabriel Ballerini, ativista pró-vida e político conservador.
“A ideologia de gênero não mudará a realidade binária. Existem apenas homens e mulheres. O resto são fantasias”, disse Ballerini.
Por sua vez, o ex-pastor e ex-ministro de Obras Públicas do Paraguai, Arnoldo Wiens, também questionou os “banheiros neutros”.
“Neutro? Aqui, no Paraguai, normalmente temos banheiros para senhoras e senhores, femininos e masculinos”, expressou.
Outras pessoas que também participaram da assembleia internacional no Paraguai questionaram a necessidade de partilhar banheiros entre gêneros, especialmente as mulheres.
“Com as meninas de nosso centro, decidimos que vamos ao banheiro acompanhadas. O fato de os banheiros serem ‘neutros’ não nos faz sentir confortáveis ou seguros”, postou um advogado argentino pró-família do Centro de Bioética da Pessoa e da Família.
Outros pessoas que se manifestaram nas redes sociais, por sua vez, responderam que se tratava de casas de banho que podiam ser utilizadas tanto por homens como por mulheres, e que não apontavam necessariamente para questões ideológicas ou de género.
Porém, não é a primeira edição em que a OEA utiliza a palavra neutro para banheiros e polêmica igual já havia sido gerada em outros países, como o Peru.
Segundo o jornal Última Hora, “no que diz respeito às pessoas que não se identificam com nenhum género, seja homem ou mulher, ou às pessoas transexuais, a existência de casas de banho neutras permite-lhes não sofrer qualquer tipo de discriminação ou rejeição por parte de alguns setores sociais”.