A Agência Nacional de Energia Elétrica do Paraguai (ANDE) adotou, no dia 27 de junho, novas medidas que podem inviabilizar a operação das empresas de mineração de criptomoedas regularizadas no país.
Essas novas medidas envolvem principalmente:
- Aumento da taxa sobre a energia elétrica consumida por essas empresas, de 9 para 16%;
- Possibilidade de suspender o fornecimento de energia nos horários de pico de consumo, mas com a obrigação de avisar as mineradoras dez minutos antes do corte momentâneo, que vai se manter até que a sobrecarga seja superada.
O presidente da ANDE, Félix Sosa, alegou que a mineração de criptomoedas tem um consumo de energia especial, com valores diferentes dos cobrados dos consumidores comuns, porque sua demanda é muito elevada e não gera mão de obra significativa.
Ele disse que, embora alguns criptomineradores até ameaçaram sair do país devido a essa mudança na taxa, ela continua sendo a mais competitiva da região.
Por sua vez, a Câmara Paraguaia de Mineração de Ativos Digitais (Capamad) teme que a medida afete o investimento no setor, que está em pleno crescimento e deve injetar 1,5 bilhão de dólares na economia local.
Porém, vale ressaltar que a maioria das mineradoras do Paraguai são clandestinas e furtam, quase impunemente, grande quantidade de energia que, às vezes, resulta no desabastecimento cidades inteiras.