Nesta segunda-feira, 23 de dezembro, o jornal Valor Econômico informa uma triste notícia para os brasileiros com a seguinte manchete: “Brasil terá de pagar R$ 2,5 bilhões para evitar alta na tarifa de Itaipu”.
Embora a Itaipu tenha quitado toda a sua dívida em 2023, este ano, o rombo nas contas da empresa, no valor de R$ 333 milhões, segundo a Aneel, foi causado pelo acordo sobre a tarifa de energia da usina com o Paraguai, firmado em maio passado.
Na ocasião, por pressão do Paraguai, o valor da tarifa foi acordado nos absurdos US$ 19,28 k/W.
Mas, para não repassar esse aumento aos consumidores brasileiros, a Itaipu manteve a tarifa no absurdo valor de US$ 17,66 k/W e a diferença deveria ser bancada com recursos próprios da binacional, através do que foi chamado de cashback, no valor de US$ 301 milhões.
No entanto, segundo foi noticiado pelo jornal Gazeta do Povo, no sábado (21), sob a manchete Orçamento paralelo da Itaipu com eventos controversos provoca rombo milionário, “a previsão de aporte para 2025 é de 293,8 milhões de dólares para compensação tarifária, montante considerado insuficiente pela Aneel para manter o mesmo patamar sem impacto no custo da energia para o consumidor final”.
De acordo com uma reunião no dia 2 de dezembro da diretoria da Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional S.A. – ENBPar, sob a qual a Itaipu está subordinada, vão faltar US$ 120 milhões para fechar a conta, segundo noticiou o Valor Econômico.
Itaipu
Em nota enviada à Gazeta do Povo, a Itaipu Binacional respondeu o seguinte:
- A alegação de prejuízo de R$ 333 milhões no ano “carecem de fundamentos válidos e revelam desconhecimento sobre o regramento e a legislação aplicável”;
- A diretoria de Itaipu também confirmou que irá realizar aportes para compensar a diferença de tarifa de 16,71 dólares para 19,28 dólares junto à ENBPar e garantiu a disponibilidade orçamentária para a compensação nos anos de 2025 e 2026.
Resumo da ópera
Na verdade, com o término do pagamento da dívida, o valor dessa tarifa deveria ficar entre US$ 12 k/W e US$ 14 k/W, segundo o presidente do instituto Acende Brasil, Cláudio Sales.
Por isso, nesse acordo com os paraguaios, tudo indica, eles entraram com o pé e o Brasil com…o dinheiro.