A Comissão de Fiscalização da Assembleia Legislativa do Paraná e Assuntos Municipais reuniu-se nesta segunda-feira (31) para debater, entre outros assuntos, a disparidade dos preços dos combustíveis no Estado.
Na reunião, Paulo Fernandes, da Paranapetro, entidade que representa os postos de combustíveis no Paraná, explicou como funcionam as disparidades de preços e como são feitas as principais adulterações e desvios de conduta no setor.
“Um dos grandes problemas que enfrentamos é o de que cerca de 35% do etanol vendido no nosso estado foi comprado sem nota fiscal. Isso causa uma grande mudança no preço”.
Fernandes explicou aos deputados também como quadrilhas fazem para adulterar os combustíveis, com a mistura de nafta (produto bastante semelhante à gasolina, mas bem mais barata) com metanol (produto proibido no Brasil).
“Só com isso eles já conseguem oferecer ao dono de posto uma diferença enorme de preço”, revelou
Ele considera que “não há segredo” nas diferenças gritantes de preço, no entanto, diferenças regionais geralmente estão relacionadas a custos operacionais.
De acordo com ele, mão de obra, aluguel de espaço, IPTU e gastos com segurança são muito maiores em Curitiba do que em Londrina, por exemplo, o que acaba refletindo no preço final do produto.
Ele pediu aos deputados mais fiscalização e mais rigor nas penas dos infratores.
A reunião foi liderada pelo presidente da Comissão, deputado Marcelo Rangel (PSD), que, por sua vez, prometeu elaborar uma nova legislação, pois a paranaense está defasada com relação às penalidades. Além disso, prometeu buscar soluções para aumentar a fiscalização.