A liberdade sem medo…
Ao despertar, e ainda sob o impacto de um pesadelo que embora não tenha sido pela visão do lobisomem, sua consequência o mantinha em um inexplicável estado de angustia e medo, levando-o a pensar quais seriam as razões daquele evento, até porque, o dia anterior não foi uma sexta-feira e nem a fase da lua, nesse dia, era cheia.
Após se doar um pouco mais, e refletindo, chegou à conclusão de que estava sendo chantageado, de maneira não convencional, por fatores psicológicos na tentativa de induzi-lo a dúvidas quanto a seus valores e pelos quais, sem concessão, os preservava de uma maneira quase que pétrea.
De estalo, e já plenamente recomposto daquela instabilidade emocional gerada por uma fantasia durante um período de sono em que a inconsciência foi mais duradoura do que a normal, conscientizou-se de que o mais importante que sonhar é enfrentar a realidade e fortalecer-se naquilo que sempre procurou e que estava voltado para seu conceito de liberdade, ignorando o obscurantismo da definição barata do que seja ser livre.
E com esta determinação foi buscar, em Krishnamurti, um pensamento sublime em que o pensador diz: “quando há uma compreensão do medo, há um entendimento de todos os problemas relacionados a esse medo, e quando não há medo, há liberdade”.
Como o Lobisomem só foi um personagem insignificante e a lua quando cheia lembra aproximação do relacionamento com a mulher desejada, nada melhor que voltar a sonhar com a utopia da felicidade, sem medos e com liberdade.
Carlos Roberto de Oliveira é empresário do ramo de logística em Foz do Iguaçu