A pedido do TSE, redes sociais vão “remover conteúdos considerados danosos ao processo eleitoral”

Resta saber o que é danoso ao processo eleitoral. É algo bem vago, não?

Foto ilustrativa: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) formalizou hoje (15) a parceria com oito redes sociais com o objetivo de combater a desinformação sobre o processo eleitoral deste ano. A iniciativa, que já vinha sendo anunciada e ocorreu em anos anteriores, foi firmada em cerimônia virtual.

Foram assinados memorandos de entendimento que listam ações, medidas e projetos a serem desenvolvidos em conjunto pelo TSE e as plataformas, de acordo com as especificidades da cada uma. Tais ações serão colocadas em prática mesmo após o período eleitoral, até 31 de dezembro.

Uma das principais linhas de atuação é a remoção de conteúdos considerados danoso ao processo eleitoral.

Resta saber o que é danoso ao processo eleitoral. É algo bem vago, não?

Saiba qual será a postura de cada uma dessas redes sociais

Neste ano, a novidade foi a inclusão da Kwai, plataforma de compartilhamento de vídeos curtos. “Vamos ter um canal direto com o TSE para [denunciar] conteúdos que violem a legislação eleitoral e causem risco para a integridade das eleições”, disse Wanderley Mariz, diretor de relações governamentais e políticas públicas da rede social.

Nessa linha, plataformas como TikTok, Facebook e Instagram anunciaram que seguirão com a exclusão de publicações nocivas.

O Twitter, por sua vez, demonstrou postura mais cautelosa. “Não dependemos apenas de decisões binárias de remoção e ou exclusão de conteúdo, pois sabemos que oferecer a pessoas o contexto adequado é também uma ferramenta eficaz e importante para combater a desinformação”, disse Daniele Kleiner Fontes, chefe de políticas públicas do Twitter.

Já o WhatsApp disse que continuará a suspender contas que apresentem “atividade inautêntica”. Segundo afirmou o representante da plataforma mensagens instantâneas, Dario Durigan, “a eleição brasileira é a mais importante para o WhatsApp no mundo em 2022”.

O representante do Telegram não foi convidado para a reunião. A rede não possuir representação no Brasil, nem se submete às leis brasileiras, segundo o TSE.

Com informações da Agência Brasil

Sair da versão mobile