A prioridade do Paraguai na Itaipu é alcançar a “soberania energética”, enfatiza novo diretor-geral paraguaio

Presidente do Paraguai já foi chamado de entreguista, devido a negociações da energia da usina com o Brasil

Novo diretor-geral paraguaio da Itaipu. Foto: Agência IP

O portal oficial de notícias do governo do Paraguai, a Agência IP, publicou ontem (26) uma declaração do novo diretor-geral paraguaio da Itaipu, Federico González, que reforça a matéria publicada segunda-feira (25) pelo Não Viu? sobre a intenção dos paraguaios de ter total autonomia sobre os 50% da energia a que têm direito.

Segundo disse o novo diretor-geral paraguaio, “uma das instruções do Poder Executivo é obter o melhor resultado dentro do que é de direito para o Paraguai”, fazendo referência ao Tratado de Itaipu Anexo C.

“Esta revisão do Tratado do Anexo C será realizada nos próximos anos até 2023 e, durante a revisão, a prioridade absoluta é alcançar a soberania energética da República do Paraguai”, disse Gonzáles.

Traduzindo: embora a revisão do Anexo C preveja apenas a forma de comercialização da energia que o Paraguai não usa, devido a pressões populares, o Paraguai deve insistir em alterar os Artigos XIII e XIV do Tratado de Itaipu, que obrigam o país a vender essa energia ao Brasil.

As pressões dos paraguaios contra essa obrigatoriedade há anos é destaque na imprensa do país, mas se intensificaram ainda mais em 2019, depois de o presidente Mario Abdo Benítez ter sido considerado “entreguista”, por causa de uma negociação da venda dessa energia ao Brasil.

Benítez quase perdeu o cargo e sofre até hoje com essa pecha.

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