Agora, quem for ao centro de Ciudad del Este precisa tomar cuidado com as “carpas”

Comerciantes e moradores vizinhos reclamam da falta de segurança na região localizada entre a “Ruta Internacional” e a avenida Monseñor Rodriguez

"Carpas" instaladas na área centra da cidade. Foto: cortesia

Por Cristina Loose, especial para o Não Viu?

Quem circula por Ciudad del Este, no Paraguai, percebe as barracas montadas com lonas pretas, também chamadas de “carpas” pelos paraguaios, improvisadas em áreas verdes e no canteiro central de algumas avenidas.

Uma das áreas invadidas, onde estão vivendo cerca de 100 pessoas, é de responsabilidade do MOPC – Ministério de Obras Públicas e Comunicações do Paraguai.

Aos poucos essas áreas vêm se transformando em zonas de insegurança, com pessoas vulneráveis, viciadas e até perigosas”, disse um comerciante que preferiu não se identificar.

Um morador que também não quis ser identificado disse que “eles estão ao lado da ANDE (a distribuidora de energia do Paraguai), na frente do Touring Park, do Shopping Lago, do Shopping Zuni, do IPS, e diariamente abordam as pessoas que circulam nessa área. À noite, é comum quebrarem vidros e invadirem casas vizinhas”.

As “carpas” também estão próximas à rodovia PY-02 e da Ponte da Amizade. “Os caminhoneiros brasileiros também reclamam da falta de segurança, já que precisam parar em fila, próximo ao local, enquanto aguardam para retornar ao Brasil”, informou outro morador.

As barracas podem ser vistas desde a rotatória Oásis até o IPS – Instituto de Previdência Social do Paraguai. Nelas vivem também, muitas mulheres e crianças.

Sofremos com a falta de segurança e com a imagem negativa que isso representa para Ciudad del Este, além de vários outros problemas sociais, mas não temos para quem reclamar. Ninguém faz nada”, desabafou um aposentado que mora na região.

Sem dados – Sobre a quantidade de moradores de rua em Ciudad del Este, a puerefeitura informou que não tem dados relacionados ao tema. Já o INE – Instituto Nacional de Estatísticas do Paraguai, que corresponde ao nosso IBGE, disse que os números só estarão disponíveis quando forem computados os dados finais do Censo 2022, possivelmente no segundo semestre do ano que vem.

Cristina Loose – Jornalista

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