O prefeito de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro, há pouco mais de um mês, trouxe uma especialista para cuidar da secretaria de Saúde do município: Katia Yumi Uchimura, nutricionista, especialista em saúde pública, mestre e doutora (PhD) em saúde coletiva e professora universitária.
E, ontem (23), começou a aparecer o primeiro resultado.
Foi a assinatura de um contrato com a empresa Cristalink, para prestar serviços oftalmológicos no município, por um prazo de quatro meses. Sabem por que quatro meses? O Não Viu? também não sabe e pede para quem sabe deixar um comentário. Na verdade, tudo indica, só Deus, o Comus e outros interessados sabem o porquê.
Aparentemente, devido à demanda de mais de oito mil pacientes, o contrato parece uma gambiarra jurídica que tem tudo para não dar certo – a não ser pela insistência do prefeito, do seu vice, Nilton Bobato, e da sua nova secretária de Saúde, que é PhD no assunto.
O Não Viu? procurou se existem contratos com prazos semelhantes em todo o Paraná e, salvo aqueles com caráter emergencial, não encontrou nenhum.
Hoje (24), o ex-secretário de Saúde de Foz do Iguaçu, Joel de Lima, comentarista da Rádio Cultura, disse, textualmente: “um contrato de quatro meses vai contra o princípio de gestão da boa administração, porque você tem um esforço necessário de mobilização, que tem de ser diluído durante o contrato. E como você faz esse cálculo, se no quinto mês você pode ser dispensado?”.
Traduzindo: esse contrato pode inviabilizar a empresa, porque ela tem um custo para operar, que não vai ser coberto num prazo de quatro meses. O dono da empresa, ao assinar esse documento, na opinião deste editor, colocou em risco seu empreendimento, ao acreditar numa administração que vem se mostrando cheia de bons projetos, mas titubeante na hora de executá-los.
Tenham fé! É o máximo que o Não Viu? pode dizer.