Não bastasse a preocupação com a redução da cota de compras para US$ 150, a partir de julho, os comerciantes paraguaios levam novo susto: a alta do dólar no Brasil.
As vendas no comércio voltado para os turistas, que vinham crescendo até 50% nos últimos meses, fecharam o primeiro trimestre com uma desaceleração para 16,1%, segundo o Banco Central do Paraguai.
No Brasil, o dólar comercial chegou esta semana a R$ 3,41, a maior cotação desde dezembro de 2016, por causa da preocupação com o mercado em relação à incerteza política no Brasil e ao temor de um agravamento da crise econômica entre os Estados Unidos e a China.
No comércio paraguaio de Ciudad del Este, Salto del Guairá e Pedro Juan Caballero, onde os compradores são basicamente os brasileiros, a cotação do dólar ficou em torno de R$ 3,50, valor que torna menos atrativos os produtos importados.
E a perspectiva para o futuro próximo não é positiva, já que a crise política no Brasil está em pleno curso.
E, externamente, a China voltou a ameaçar os Estados Unidos com a imposição de tarifas mais elevadas para produtos americanos, em retaliação a medidas semelhantes adotadas pelo governo Trump.