A vida volta ao normal. Os caminhões rodam, os petroleiros suspenderam a greve, que durou dois dias.
No Paraná, já não há bloqueios nas estradas desde a tarde de quarta-feira, 30, embora ainda persistam alguns pontos de manifestação.
Mas o governo do Estado diz que será mantido o gabinete de gestão, pra que não haja “nenhuma surpresa”, como diz o coronel Maurício Tortato, chefe da Casa Militar.
Já os petroleiros consideram “vitoriosa” a greve de dois dias (de terça-feira, 29, a quinta (31).
“Conseguimos dialogar diretamente com a pauta da sociedade, que não aguenta mais pagar o preço abusivo que está sendo cobrado no litro da gasolina, do óleo diesel e também pelo botijão de gás”, disse o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel.
Na volta à rotina, prejuízos pra todo lado. Produtores perderam (muito), comerciantes perderam de um lado e, os que abusaram nos preços, lucraram também muito. Idem para os donos de postos.
Alguma lição a tirar da greve dos caminhoneiros? Uma, que a categoria unida para de fato o país; outra, que o governo é fraco demais. E, claro, não prima pela competência.
A considerar, ainda, o perigoso oportunismo de grupos que se aproveitaram da greve para tentar derrubar este mesmo governo ou, ao menos, para passar mensagens perigosas pra uma democracia que ainda usa fraldas e rasteja.