Após escândalo, Paraguai tem um novo ministro da Justiça

O ex-ministro informou que sua renúncia se deveu a motivos pessoais e familiares, mas a imprensa paraguaia contesta

Da esquerda para a direita: Paula Carro, Barchini e Nicora. Foto: captura de imagem/Agência IP

Nesta quinta-feira (23), o governo do Paraguai oficializou a renúncia de Ángel Barchini ao cargo de atual ministro da Justiça e sua substituição pelo até então vice-ministro de Política Criminal do ministério, Rodrigo Nicora.

Barchini e Nicora fizeram o anúncio acompanhados pela porta-voz do governo, Paula Carro, hoje, ao meio-dia, no Palácio Mburuvicha Róga. residência oficial dos presidentes do Paraguai.

O ex-ministro informou que sua renúncia se deveu a motivos pessoais e familiares.

Porém, segundo a imprensa paraguaia, foi o presidente do Paraguai, Santiago Peña, quem pediu a renúncia do ministro, depois de ter estourado um escândalo devido a Barchini ter nomeado, no dia 12 de março deste ano, Miguel Ángel Lisboa Pereira para o cargo de diretor de Administração e Finanças do Ministério da Justiça (MJ).

Durante a pandemia, Lisboa foi acusado de ter usado uma empresa de fachada para fornecer detergentes para o município de Assunção, capital do país, por 850 milhões de guaranis (cerca R$ 560 mil, no câmbio de hoje). O endereço declarado como escritório da empresa era um estacionamento.

O caso ficou conhecido como o escândalo do “detergente de ouro”.

Barchini é o primeiro ministro do governo Peña a renunciar ao cargo.

 

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