Um grupo de manifestantes fechou o acesso às Cataratas do Iguaçu, na Argentina, na manhã desta quarta-feira (06). O protesto começou às 6h, na Rodovia que leva ao Parque Nacional, informa o jornal La Voz de Cataratas.
Moradores de Porto Iguaçu e ambientalistas são contra a “Vila turística” nas Cataratas. O projeto foi desenvolvido em parceria com a Secretaria de Turismo e Ambientes e prevê a licitação de áreas para a construção de alojamentos privados que, de acordo com os manifestantes, poderão comprometer o meio ambiente e também a economia de Porto Iguaçu.
O alerta vem sendo feito desde o dia 4 de dezembro, quando o secretário de Turismo, Gustavo Santos, e o secretário de Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Sergio Bergman, apresentaram o programa de “Oportunidades Naturais”, com o propósito de atrair investimentos privados em serviços turísticos dentro de áreas naturais protegidas do país. Seriam 37 áreas ou 37 oportunidades, em toda a Argentina, passíveis de investimentos em alojamentos e atividades turísticas. Uma dessas áreas fica no Parque Nacional do Iguaçu, onde estão as Cataratas.
Aqui na fronteira, a proposta abrange uma área de 12 hectares, onde poderão ser feitos os investimentos em hotéis, glampings (uma espécie de acampamento onde tudo é cheio de luxo e conforto), restaurantes e outros serviços o que, para os ambientalistas, coloca em risco todo o meio ambiente natural da área de preservação.
O governo Argentino pretende licitar, ainda neste mês, três projetos de investimentos dentro do Parque Nacional. Um deles é o “Acampamento Temático Mundo Selva”, que prevê a construção de glamplings (destinados a um seleto público vip).
Os outros dois projetos estão localizados juntos ao rio: trata-se da “Reserva Alto Iguazú” e o outro no baixo Iguaçu, ou seja: antes e depois das Cataratas. De acordo com o projeto, estão previstas várias construções como bangalôs ecologicamente corretos, feitos com madeira, telas e lonas.