O ministro do Interior do Paraguai, Juan Ernesto Villamayor, disse que o processo de extradição ao Brasil de Marcelo Pinheiro, o Marcelo Piloto, apontado como um dos líderes do Comando Vermelho, não será alterado e, inclusive, já está concluído.
O ministro lamentou o assassinato da jovem paraguaia Lidia Meza Burgos, de 18 anos, mas disse que o crime – Piloto a matou justamente para permanecer no Paraguai – não influirá na decisão de extraditar o traficante.
O assassinato da jovem de 18 anos foi no sábado, 17, quando ela o visitou na Agrupación Especializada, em Assunção, onde Piloto está preso.
Era a segunda vez que o traficante se encontrava com Lidia, que seria prostituta.
Por volta do meio-dia de sábado, logo depois de almoçar, Marcelo Piloto recebeu a visita da jovem. A pequena faca que usou como talher foi a arma do crime.
Segundo relatos, durante a visita ambos discutiram, e Piloto bateu com a cabeça da jovem contra a parede da cela. Ela ficou inconsciente e o traficante aproveitou para apunhalar Lidia mais de doze vezes com a faca, que ele tinha dado um jeito de afiar.
Logo a seguir, ele gritou para os guardas que tinha brigado com a visitante. Eles acorreram à cela e encontraram Lidia coberta de sangue, com a faca cravada na garganta. Levada ao hospital, morreu pouco tempo depois.
Regalias
O ministro do Interior explicou que Piloto conta, por ordem judicial, com livre comunicação com o exterior, o que lhe permite receber visitas e objetos como livros ou ainda pedir comida em restaurantes.
Villamayor disse que não tinha conhecimento de que os internos podiam usar facas de metal como talher, e vai ordenar que sejam trocadas por similares de plástico.
E concluiu dizendo que, se dependesse só do Poder Executivo, o traficante brasileiro já teria sido extraditado há muito tempo, mas a decisão cabe à Justiça paraguaia.
Fontes: ABC Color e Última Hora