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Lula manobra para usar dinheiro dos fundos de pensão das estatais em obras do PAC, diz jornal

Solenidade de criação da Fundação Itaipu de Previdência e Assistência Social (FIBRA), no dia 9 de março de 1988. Foto: cópia da publicação do jornal Canal de Aproximação da Itaipu Binacional

Em matéria publicada no sábado, 21 de setembro, o jornal Gazeta do Povo informa que o governo do presidente Lula quer afrouxar as regras de investimento dos fundos de pensão das estatais para financiar a obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

Segundo especialistas ouvidos pelo jornal, tal estratégia pode ser um perigo, que já causou prejuízos a esses fundos no passado.

Hoje, os fundos de pensão das estatais não têm permissão para adquirir debêntures vinculadas a programas ou projetos do governo.

A regra vem da Resolução 4994 do Conselho Monetário Nacional (CMN) de dezembro de 2022, que aumentou o rigor na gestão dos fundos para que experiências malsucedidas do passado não voltem a ocorrer.

No entanto, em março deste ano, a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) – entidade ligada ao Ministério da Previdência que tem a função de fiscalizar e supervisionar as atividades dos fundos de previdência complementar fechada – propôs ao Ministério da Fazenda uma série de modificações na Resolução 4994, dentre as quais figura a abertura para que os fundos possam investir em debêntures de infraestrutura, afrouxando o rigor anteriormente estabelecido.

Segundo a matéria da Gazeta do Povo, “a questão é que os fundos de pensão das estatais têm o objetivo de gerir e maximizar os recursos das contribuições de seus associados, a fim de garantir o pagamento de aposentados e pensionistas. Para tanto, precisam cumprir com regras estritas que visem a essa finalidade”.

Ainda segundo o jornal, “não é função desses fundos, que são privados, servir a projetos de governo que podem levar a prejuízos e perdas para seus associados na ativa ou já aposentados”.

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