Atual cotidiano

Nosso cotidiano está marcado por preocupações, tirando-nos até a certeza no novo amanhã

Foto ilustrativa: Pixabay

Atual cotidiano

*Por Carlos Galetti

Há dias que me sento diante do computador e só converso com a folha em branco. O nosso cotidiano está caótico, policiais covardes que agridem cidadãos, políticos que mentem (novidade), juízes injustos, padres pecadores.

Fica difícil escrever sobre algo que desperte o interesse dos leitores, escolher o tema que não traga tristeza, desalento. O processo criativo se desenvolve com lentidão, precisa nos motivar, para que venha, lá na frente, motivar o leitor.

Nosso cotidiano está marcado por preocupações, tirando-nos até a certeza no novo amanhã. O descortinar do futuro nos parece incerto, os dias se arrastam tal qual uma cobra recém alimentada e saciada, sem disposição de assediar novas vítimas.

N`outro dia sentei na pista de caminhada da Avenida Paraná, observando os passantes. Seus semblantes são preocupados, fazendo-os flutuar em seus próprios pensamentos.

E isso poderia fazer em qualquer ponto da cidade, fosse na Avenida Brasil ou JK. Todos estão apreensivos com o que reserva os tempos futuros.

Antigamente, tínhamos as conversas formais, nas quais debatíamos assuntos de pautas atuais ou, conversas informais, nas quais falávamos sobre coisas corriqueiras, do dia a dia. Hoje são só conversas formais, preocupadas, apreensivas, parecendo que uma espada pende sobre nossas cabeças.

O escritor, e escritor somos todos nós que nos expressamos através da escrita, reflete o ambiente em que vive. Vivemos tempos de preocupações; justo que, em determinado momento, vamos refletir sobre este ambiente.

Confesso que gostaria de estar falando de coisas mais amenas, das soluções dos problemas, mas que pretensão, se nem sabemos quais são os problemas. Identificamos os problemas, mas não os reconhecemos, tudo é novo, jamais imaginado.

Diz-se que o ser humano é o ser mais adaptável que existe, até acredito, pois está na hora de provar. Para crise mundial, solução universal. A solução está em Deus, na nossa fé, no crédito que dotamos os nossos dogmas religiosos.

Agora entendi, Deus é o grande pistoleiro que atira com balas de vacina, acertando nos corações da Humanidade. Vacinas abençoadas pela graça, isentas das maldades do homem.

Políticos se calarão; nossos queridos não partiram em vão, estão sendo reconhecidos como incentivadores dos trabalhos em busca da verdadeira salvação.

Ouvi o Pai dizer, fizeram muita coisa errada, mais uma vez vou consertar vossos erros. Parem de trilhar caminhos egoístas, pensem no mundo que deixarão para seus filhos e netos. Estou cansando de vocês me decepcionarem.

Amém!

*Carlos A. M. Galetti é coronel da reserva do Exército, foi comandante do 34o Batalhão de Infantaria Motorizado. Atualmente é empresário no ramo de segurança, sendo sócio proprietário do Grupo Iguasseg. 

Vivendo em Foz já há mais de 20 anos, veio do Rio de Janeiro, sua terra natal, no ano de 1999, para assumir o comando do batalhão.

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