Na manhã deste sábado (06), a Audiência Pública sobre a nova concessão do pedágio, realizada em Foz do Iguaçu, na sede da Acifi, trouxe mais informações que confirmam a estratégia proposta pelos governos Federal e do Paraná para manter as tarifas com valores bem próximos às cobradas hoje no Paraná.
Os paranaenses pagam atualmente as tarifas mais caras do Brasil.
No modelo atual, por exemplo, chamado de mata pobre, os transportadores gastam 40% com combustível e 40% com pedágio.
Em síntese, os questionamentos sobre o chamado modelo híbrido proposto pelos governos são os seguintes:
- A redução média da tarifa, em relação ao que é cobrado hoje, vai ser de apenas 20%;
- Essa redução vai ser ainda menor, depois que obras de duplicação forem feitas, pois está previsto um aumento de 40% da tarifa para pagar essas obras;
- O valor que será pago ao governo para permitir a exploração da nova concessão, chamado de taxa de outorga, segundo foi explanado, é, na verdade, um tributo que vai encarecer o valor do pedágio em até 30%;
- Vale lembrar que, nas concorrências de pedágio feitas em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, não foi cobrada taxa de outorga, pois venceu a disputa quem apresentou a menor tarifa de pedágio a ser cobrada, modelo defendido pelos empresários e deputados estaduais do Paraná.
Vale ressaltar que a nova concessão vai durar 30 anos.
Um verdadeiro absurdo, não?