Aumenta preocupação de comerciantes paraguaios com free shops no Brasil

Foto: Wikipedia

Por aqui, não se sabe nem como vão funcionar os free shops. Mas, no Paraguai, a preocupação dos comerciantes aumenta cada vez mais, já que a data de início de operação das lojas está perto (em julho).

O jornal ABC Color ouviu comerciantes de cidades que fazem fronteira com o Brasil, que pedem ao governo paraguaio que adote medidas para fazer frente à nova concorrência.

Eles querem que o governo também autorize a instalação de free shops, semelhantes aos que devem operar no Brasil. No caso dos free shops brasileiros, os comerciantes só pagarão 6% de impostos sobre produtos importados e 3% sobre os de fabricação nacional.

Já os comerciantes paraguaios reclamam que pagam entre 10% e 35%, com o que seus produtos ficarão mais caros que nas lojas brasileiras.

O jornal lembra que várias empresas internacionais, especializadas no comércio de fronteiras terrestres com regime semelhante ao que será adotado no Brasil, estão interessadas em explorar o mercado brasileiro. É o caso da Dufry, empresa suíça que já opera em 64 países.

“Estamos preocupados com a implementação dos free shops. Com os impostos tão favoráveis que terão, será impossível competir com eles”, disse ao ABC Color o empresário Felipe Cogorno, que tem investimentos em Ciudad del Este, Salto del Guairá e Pedro Juan Caballero.

Para ele, a solução é o Paraguai também habilitar free shops e uma zona franca nas cidades de fronteira, para competir com os brasileiros.

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