Aumento da passagem de ônibus em Foz traz à tona uma possível farsa na contratação da nova concessionária

A revelação é de ex-secretário que conduziu a licitação, mas deixou o cargo dias antes do contrato ser assinado

ônibus foz

Ônibus da nova operadora do transporte coletivo de Foz. Foto: PMFI

Ontem (29), o Instituto de Transportes e Trânsito de Foz do Iguaçu (Foztrans) informou que o reajuste da tarifa do transporte coletivo, inicialmente previsto para entrar em vigor no dia 1º de julho (sexta-feira), será aplicado somente a partir do dia 4 de julho (segunda-feira).

As novas tarifas são de R$ 5,00 e R$ 2,50 (para estudantes).

O Foztrans lembra que os aumentos sucessivos do preço do óleo diesel, principalmente neste ano, e a folha salarial dos trabalhadores são os principais responsáveis pelo reajuste, que não é feito há quase dois anos.

Porém, a página do IDESF (veja a postagem aqui), o ex-secretário de Transparência do município José Elias Castro Gomes, que conduziu a licitação da nova concessionária, mas deixou o cargo dias antes do contrato ser assinado, revelou informações importantes sobre a contratação da nova empresa que explora o serviço em Foz, que podem configurar uma possível farsa conduzida pela administração do prefeito Chico Brasileiro.

Vamos a alguns deles:

  1. A nova concessionária recebe mensalmente da prefeitura uma soma que pode chegar, ao final de 12 meses, em R$ 20 milhões em subsídios (sem contar o que recebem com os ganhos da população no pagamento da tarifa), para colocar nas ruas veículos de segurança duvidosa;
  2. E o mais complicado é que nossos vereadores mal têm moral para fiscalizar tais serviços, pois foram os próprios que revisaram o contrato com o novo transporte público, ou seja, estavam presentes na contratação, o que faz com que sejam os oficiais avalizadores do transporte que aí está;
  3. A atual concessionária possui vínculos com a anterior, devido a seus sócios serem parceiros em outras operações, sendo que alguns deles respondem por processos na justiça (lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e fraude em licitação);
  4. Para resumir e simplificar o entendimento dessa situação: tiramos a antiga concessionária pela porta da frente, com provas irrefutáveis de suas negligências com o transporte de nossa população, mas ela voltou pela porta dos fundos, camuflada e amparada por enjambres legais e políticos.
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