Baixa catastrófica: “Está quase impossível navegar nos rios Paraguai e Paraná”

A baixa histórica está limitando as operações de embarcações, gerando dificuldades logísticas e aumentando os custos de exportação

Foto Ilustrativa: Agência IP

O chefe do Departamento de Navegação e Hidrografia da Comissão Mista Paraguaio-Argentina do Rio Paraná (COMIP), Luis María Jara, afirmou que a situação dos rios Paraná e Paraguai “é catastrófica” e em vários trechos já é impossível navegar.

Ele expressou que embora tenha chovido na região pantaneira, ainda vai demorar para que o nível do rio aumente.

“Demora 2 a 3 meses. Agora, por exemplo, choveu na região do Pantanal, mas não chega, a chuva necessária é de cerca de 1000 milímetros”, comentou.
Jara disse ainda que o Rio Paraguai está inavegável para grandes embarcações, principalmente comboios que transportam soja, milho e minério de ferro, entre outros.

Segundo informou, não há uma previsão sobre quanto tempo a situação vai continuar assim.

O rio Paraguai, vital para a exportação de produtos como soja e milho, teve sua capacidade de navegação reduzida. No trecho norte, o calado permitido foi reduzido para 5,5 pés, insuficiente para embarcações de grande porte, o que limita o transporte fluvial.

Jara destacou que a falta de água gerou uma situação insustentável para o comércio exterior, uma vez que o custo do frete fluvial disparou. Um comboio que anteriormente transportava até 26 mil toneladas de carga atualmente movimenta apenas entre 13 mil e 15 mil toneladas, duplicando ou triplicando os custos de exportação.

A opção de transporte terrestre não é viável devido à escassez de caminhões no Paraguai, aumentando os prazos e custos de entrega. A fila de caminhões em Ciudad del Este, aguardando para cruzar a Ponte da Amizade, reflete essa situação.

A dragagem, opção que tem sido considerada para mitigar o problema, apresenta limitações devido à geografia do rio e aos elevados custos de implantação. O Paraguai, que possui uma das maiores frotas de barcaças do mundo, poderá ver seu papel no transporte fluvial regional comprometido se a situação persistir, concluiu.

Com informações do Nãnduti e La Tribuna

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