Bancada de vereadores “Amém, Chico!”, que faz tudo o que o prefeito quer, rachou

A bancada do prefeito, que chegou a ter 13 vereadores, vem perdendo forças desde a eleição de deputado

Investigação sobre o vereador Galhardo rachou a bancada. Foto: CMFI

Em votação na tarde desta terça-feira, 1º de novembro de 2022, foi arquivado o relatório da Comissão Processante da Câmara de Foz do Iguaçu que pedia a cassação do mandato do vereador Admilson Galhardo, do Republicanos.

O pedido não teve votos suficientes, esbarrando, em linhas gerais, na falta de provas consistentes, informa Elson Marques, da EMS Editores, no site Faixa de Fronteira, cuja matéria pode ser lida aqui.

Além dos 3 integrantes da Comissão, outros 6 vereadores que vêm mantendo fidelidade ao prefeito Chico Brasileiro votaram pela cassação do vereador oposicionista. Entretanto, os 9 votos não foram suficientes para decretação da perda do cargo. Seriam necessários 10 votos, ou seja, dois terços do plenário – maioria qualificada.

Resumo da ópera.
Na Câmara, o julgamento tende a pender para o lado político. A bancada do prefeito, que chegou a ter 13 vereadores (a chamada “Amém, Chico!, que faz tudo o que Chico quer), vem perdendo forças desde a eleição de deputado. Mesmo com a defesa alegando falta de provas consistentes, os governistas poderiam aproveitar o relatório da Comissão Processante para cassar o mandato do vereador que tem sido uma pedra no sapato da administração municipal.

Com a cassação, ainda que Galhardo pudesse tranquilamente retornar ao cargo por decisão judicial, haveria o desgaste político, talvez irreversível para a carreira política do vereador. Entretanto, alguns vereadores, que antes votavam com os governistas, agora estão se juntando aos votos dos oposicionistas.

Um dos motivos bastante presente nas conversas de bastidores da política é que isso seria uma consequência do fracasso dos governistas nas eleições. A candidata do grupo, a primeira-dama Rosa Jerônymo, não se elegeu para Assembleia Legislativa. Dias depois, assessores ligados a vereadores que apoiaram outros candidatos começaram a ser exonerados na Prefeitura. O reflexo disso já aparece nos embates das votações em plenário.

Sair da versão mobile