O corregedor da Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Artagão Junior (PSD) listou, na quarta-feira (19), as ações que estão sendo tomadas pelo órgão em relação aos atos de desagravo entre os parlamentares Renato Freitas (PT) e Ricardo Arruda (PL) no Plenário da Casa. O objetivo é reunir material para definir quais providências serão tomadas e a decisão em relação ao encaminhamento do caso ao Conselho de Ética do Parlamento.
“A Corregedoria aguarda documentação necessária para agir com a responsabilidade e equilíbrio em um momento como este, mas também com a firmeza e objetividade que a situação exige”, afirmou Artagão, após novo embate entre os dois parlamentares durante a Sessão Plenária na quarta-feira.
“Quero comunicar os trabalhos que a Corregedoria tem realizado, para que não fique a impressão de que providências não estão sendo tomadas. São três situações em que a Corregedoria foi provocada”, citou.
A primeira, segundo Artagão, foi a representação feita pessoalmente pelo deputado a Ricardo Arruda através de um Boletim de Ocorrência por ameaça.
“Essa Corregedoria encaminhou Ofício ao 3º Distrito acerca das providências que estão sendo tomadas pela autoridade policial e conclusões eventualmente obtidas. Estamos aguardando as informações e o prazo é nesta semana”, explicou o corregedor.
“Também a partir da manifestação da presidência, em função das afirmativas feitas pelos parlamentares envolvidos, solicitamos copias de áudios e vídeos de todos os atos oficiais desta Assembleia e das sessões plenárias com as falas de cada dos parlamentares. Já recebemos a transcrição e aguardamos o recebimento”, acrescentou. “Uma vez recebidas essas informações, teremos o provável encaminhamento ao Conselho de Ética”, adiantou.
Segundo Artagão, uma terceira situação está na pauta de análise e se refere a “vídeos com participação de deputados e que dizem respeito a todos os parlamentares, atribuindo ‘adjetivos’ e situações a esta Casa”.
Acontecimentos
No dia 29, o deputado Ricardo Arruda registrou boletim de ocorrência contra Renato Freitas. Ele procurou o 3° Distrito Policial de Curitiba, onde alegou que se sentiu ameaçado durante dois discursos proferidos por Freitas na tribuna da Assembleia. O parlamentar usou a sessão desta segunda para expor ameaças recebidas por internautas via redes sociais.
Freitas definiu como “má fé” a atitude de Arruda em registrar um boletim de ocorrência e que por diversas vezes Arruda teria propagado “informações sabidamente inverídicas” em suas falas na Assembleia.
Com informações da Alep