4,1%, 4,5%, 4,7%? As projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto do Paraguai variam de acordo com a fonte que apresenta o estudo.
Mas, seja como for, já se sabe que o Paraguai será a “estrela” latino-americana de crescimento econômico, este ano.
Em segundo lugar, sempre segundo as previsões, ficará o Peru; depois, o Chile, ambos com índices próximos de 4%.
No caso do Paraguai, o Banco Central do país atualizou sua projeção oficial para o PIB, na última sexta-feira (27), para algo entre 4,5% e 4,7%, mas pode chegar ainda mais perto de 5%.
O que mais vai contribuir para impulsionar o PIB, segundo o BC paragaio, são os setores de comércio e de serviços.
Do setor primário, ainda se aguardam mais informações, mas. pelo que se prevê inicialmente. o resultado será bom, por isso a economia pode crescer ainda mais que os 4,7%.
E isso que o cenário externo não está nada favorável. Leia-se: Argentina e Brasil, as duas maiores economias da região, que têm influência direta no Paraguai.
O informe do Banco Central é prudente, em relação às perspectivas para 2019, justamente por causa da situação ruim dos grandes sócios comerciais e pela incerteza internacional gerada pela guerra comercial entre China e Estados Unidos, que afeta o preço da soja, principal produto de exportação do Paraguai.
“O Paraguai deve aplicar políticas inteligentes para enfrentar (esta situação), ainda que esteja muito bem preparado para isso”, diz o BC.
Em crise
No caso do Brasil, o Fundo Monetário Internacional prevê crescimento de 1,8% em 2018 (em abril, projetava 2,3%). A incerteza sobre as eleições é o que mais causa preocupação.
Já a Argentina, cuja economia sofreu contração no segundo e no terceiro trimestres deste ano, deve ver o PIB desacelerar para 0,4% até o fim de 2018.
Para o Chile, na contramão das más notícias, a previsão é de crescimento de 3,8% neste ano, acima da projeção anterior de 3,4%, segundo o FMI.
Quanto à Venezuela, é caso perdido. A economia deve encolher 18% este ano e a inflação é projetada em 1.000.000%, mais ou menos o que aconteceu na Alemanha de 1923 e no Zimbábue no fim dos anos 2000.
Fontes: La Nación e FMI