*Por Carlos Roberto de Oliveira
Normalmente arredio, uma característica de sua personalidade, mais acentuado se tornava esse seu comportamento quando paladinos das “boas intenções” tentavam, por meio de uma retórica pegajosa, induzi-lo a neles acreditar, como que suas colocações fossem, no mínimo, aceitáveis.
Justificava-se por essa sua afirmação dizendo que de boas intenções, e especialmente por isto, o inferno estava com sua capacidade de lotação tomada.
Ciente de suas limitações, e sem qualquer presunção, mas nem por isto acomodado, de algo não abdicava, o de ser coerente consigo mesmo, deixando para sua consciência, que era quem o julgava, o veredicto final de suas decisões.
Até porque, em seu processo da busca de valores através os tempos, um dos entraves que sempre teve para encontrá-los, e mantê-los, provinha da dissimulação, estágio primeiro das “boas intenções”.
E, lamentavelmente, por mais que tentasse se distanciar dessa falsa demonstração de solidariedade, elas – as boas intenções – não só se acentuaram como evoluíram para ações cujo objetivo é o de “Levar vantagem em tudo”, por meio de manipulações, em que o proveito próprio é o que interessa.
E para o cumulo da hipocrisia, há quem diga, ainda, cheios de boas intenções, que há males que vem para o bem…
Portanto, antes das boas intenções, melhores ações, simples assim.
*Carlos Roberto de Oliveira é empresário do ramo de logística em Foz do Iguaçu.