Bocas de lobo inteligentes: em São Paulo e Santa Catarina pode, mas em Foz não?

Vereadora Inês Weizemann. Foto: CMFI

“Bateu na trave” o projeto de Lei proposto pela vereadora Inês Weizemann para que Foz do Iguaçu adotasse as chamadas bocas de lobo inteligentes.

Esse tipo de boca de logo consiste, basicamente, em embutir uma cesta nas bocas de lobo já existente, para conter os materiais sólidos carregados pelas chuvas, de forma a impedir que eles entupam as galerias pluviais e não causem tantos alagamentos.

O projeto “bateu na trave” porque, segundo a Comissão de Legislação, Justiça e Redação, só poderia ser apresentado pelo poder Executivo e não por integrantes do Legislativo. Para os integrantes da comissão, a proposta “viola o postulado constitucional da separação de poderes.”

Num despacho de quatro páginas, essa comissão estraçalhou a proposta, (ousadia, será?) da vereadora de se intrometer na área do prefeito Chico Brasileiro, que, por sua vez, até agora, não apresentou, tirando a infinidade de promessas, uma ação viável e consistente para acabar com o problema.

Segundo Inês, as bocas de lobo inteligentes foram adotadas por iniciativa do Legislativo nas cidades de Itu (aquela onde tudo é gigante), em São Paulo, e em Itapema, em Santa Catarina, e o resultado, ainda segundo a vereadora, está sendo positivo.

Detalhe: dinheiro para a implantação dessas bocas existe e não é pouco. Cada vereador tem direito a cerca de R$ 700 mil em emendas impositivas para o ano que vem.

Vamos aguardar, infelizmente, mais algumas enchentes, até que eles se entendam.

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