“Que se vá o PT, que se vá a Frente Ampla”, gritou Novick no domingo, ao saber o resultado da eleição no Brasil. Frente Ampla é um partido de esquerda uruguaio.
Ele diz que é “parecido” com Bolsonaro pelo menos na intenção de “dar um combate firme à delinquência e ao narcotráfico” e quer sair candidato a presidente nas eleições do ano que vem.
Mas garante que, se o presidente eleito brasileiro discrimina as mulheres, os homossexuais e os negros, ele “está longe” disso.
Novick acredita que hoje as pessoas não votam na esquerda ou direita. “A discussão é entre quem faz as coisas mal e quem faz as coisas bem. A gente quer governos de gestão.”
O político uruguaio criou há dois anos o Partido da Gente, que deverá ter entre 2% e 7% dos votos nas eleições de outubro de 2019, segundo as pesquisas eleitorais.
Mas ele não acredita nisso. “Quando fui candidato em Montevidéu, as pesquisas me davam 2% e eu tive 24% (dos votos). Há um ano, davam a Bolsonaro 7%, como para nós, e hoje ele é presidente.”
No domingo, em página inteira no diário uruguaio El País, o empresário publicou uma página inteira com um aviso: “Primeiro acabaram com as mentiras dos Kirchner (Néstor e Cristina, que governaram a Argentina entre 2003 e 2016); hoje cabe ao PT e no ano que vem à Frente Ampla no Uruguai”.