A Embaixada do Brasil no Paraguai emitiu um comunicado parabenizando o presidente paraguaio, Mario Abdo Benitez, por extraditar o brasileiro Marcelo Pinheiro Veiga, o Marcelo Piloto, acusado de tráfico internacional de drogas, homicídios e falsidade ideológica.
Segundo a nota oficial, a “estreita cooperação” entre as autoridades brasileiras e paraguaias permitiu solucionar o impasse. Marcelo Piloto é apontado como um dos líderes do Comando Vermelho no Paraguai e como o maior fornecedor de drogas e armas da região.
Considerado um fugitivo no Brasil em 2007, o brasileiro foi preso em dezembro de 2017, na cidade paraguaia de Encarnación, onde usou identidade falsa e sob suspeita de envolvimento em vários crimes.
Morte da jovem
O promotor de Assuntos Internacionais do Paraguai, Manuel Doldán, disse nesta segunda-feira, 19, em entrevista coletiva em Assunção, que o assassinato da jovem Lidia Meza Burgos, de 18 anos, não ficará impune.
Ele disse que serão coletados e enviados à Justiça brasileira todos os elementos que comprovem o homicídio praticado por Marcelo Piloto,, para que ele seja julgado por assassinato.
“Estamos ante um lamentável caso de homicídio doloso ocorrido em território nacional, mas isso será transferido à República Federativa do Brasil para seu julgamento”, disse Doldán.
A promotora geral do Paraguai, Sandra Quiñónez, também afirmou que “a ida de Piloto (ao Brasil) não significa impunidade”.
Lidia Meza Burgos foi morta a golpes de uma pequena faca usada como talher, que Piloto afiou, provavelmente já premeditando o crime. A intenção dele era passar por um novo processo no Paraguai para evitar sua extradição a Brasil.
Ele foi expulso do país por ordem do presidente Mario Abdo Benítez, que considerou os riscos de manter o traficante na prisão paraguaia, já que houve tentativas de resgate por parte dos companheiros de crime de Piloto.
Fontes: Agência Brasil e jornal Última Hora