Brasil e Paraguai ainda não aderiram às placas padrão Mercosul. Atraso é de dois anos

Novas placas garantem mais segurança, principalmente contra clonagem.

Sabe aquelas placas na cor azul e branco que se vê nos carros da Argentina que circulam por Foz do Iguaçu?

Pois é, este é o padrão das placas para carros de todo o Mercosul. Vale para Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela, que por enquanto está suspensa do bloco.

Já era pra estar em vigor nesses países, mas, por enquanto, só Argentina e Uruguai adotaram o modelo, que evitaria um golpe muito comum no Brasil – a clonagem de placas, causa de muita dor de cabeça para milhares de motoristas do País.

Era pro Brasil ter adotado as placas já em 2016, mas a medida foi adiada para 2017. Em 2017, para 2018. E, agora, para um prazo indeterminado.

Na Argentina e Uruguai, os resultados com as novas placas foram considerados excelentes, em relação à fiscalização e segurança.

A placa conta com códigos bidimensionais que possibilitam, por meio de um sistema integrado para troca de informações entre os órgãos estaduais (Detrans) e federal (Denatran), a identificação de dados do proprietário, tipo de veículo, marca, modelo, ano de fabricação, número de chassi, relatórios de roubo e furto e registro de infrações e multas.

Quando os sistemas de todo o bloco estiverem compartilhados, a vida dos ladrões de carros vai ser dificultada, porque ficará complicado pra eles venderem no Paraguai, por exemplo, carros roubados no Brasil ou Argentina.

As placas clonadas, que hoje estariam em quase 40 mil dos 370 mil carros roubados anualmente no Brasil, também seriam facilmente identificáveis, impedindo que os veículos circulassem livremente e até saíssem das fronteiras.

Mas, no caso brasileiro, parece que o problema é conseguir justamente o compartilhamento de informações entre os detrans estaduais e o federal.

Se um dia de fato isso acontecer, as placas novas seriam implantadas gradativamente no Brasil. Inicialmente, para os veículos novos e, progressivamente, para toda a frota.

Em 2017, resolução do Conselho Nacional de Trânsito previa que isso aconteceria até 2020.

Agora, ninguém diz mais nada.

A placa

A placa padrão Mercosul é de fundo branco com faixa azul na parte posterior. Do lado esquerdo, o logotipo do Mercosul fica junto de um QR Code para identificação do veículo. No lado direito, ficam a bandeira do país, seguida pela bandeira do estado e brasão da cidade.

A categoria dos veículos será indicada pela cor da combinação alfanumérica: particular (preta), comercial/aprendizagem (vermelha), oficial (azul), experiência (verde), diplomático (dourado) e colecionador (prateado).

Todas as placas vão contar com uma marca d’água, para dificultar ainda mais a ação da bandidagem.

O tamanho da placa permanece igual ao das atuais, com 40cm de largura e 13cm de altura.

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