Seremos 233,2 milhões de brasileiros em 2047, segundo previsão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A partir daquele ano, a população começará a diminuir, até chegar a 228,3 milhões em 2060.
O Paraná é um dos 12 estados que terão redução no número de seus habitantes antes de 2048, segundo o IBGE.
Os outros são Piauí, Bahia, Rio Grande do Sul, Alagoas, Minas Gerais, Paraíba, Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco, Maranhão e Rio Grande do Norte.
Esses estados sofrerão com o saldo migratório negativo. No limite da projeção em 2060, oito estados (Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Amapá, Roraima, Amazonas e Acre) não terão queda nas suas populações, porque têm saldos migratórios positivos e/ou taxas de fecundidade total mais elevadas.
Fecundidade
O estudo revela que o crescimento populacional é determinado pela combinação do perfil migratório, incluindo áreas de expulsão ou atração de pessoas, com taxas de fecundidade de uma unidade da federação.
Os estados do Piauí e da Bahia apresentam quedas importantes de fecundidade nos últimos anos e, segundo o instituto, perdem população para outros estados do país.
Apesar de não registrar altas quedas de fecundidade, atualmente, a situação já foi diferente para o Rio Grande do Sul, que é também um estado “emissor”. Na definição do IBGE, essas três unidades da federação devem ser as primeiros a apresentar redução de população.
A taxa de fecundidade total do Brasil, para 2018, é de 1,77 filho por mulher. Quando chegar a 2060, o número médio de filhos por mulher poderá cair para 1,66.
As maiores taxas de fecundidade serão registradas nos estados de Roraima (1,95); Pará, Amapá, Maranhão, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, com 1,80.
Já as menores poderão ser no Distrito Federal, com 1,50; e em Goiás, Rio de Janeiro e Minas Gerais, esses com 1,55.
A idade média de 27,2 anos em que as mulheres têm filhos, em 2018, aumentará para 28,8 anos, em 2060.
Idade
A média de idade da população brasileira é 32,6 anos em 2018. Os estados da Região Norte, Alagoas e Maranhão têm a média em 30 anos. A explicação é que têm taxas de fecundidade total mais elevadas e se situam mais tardiamente na transição da fecundidade. O Acre tem a menor média (24,9 anos).
Ao contrário, os estados das Regiões Sul e Sudeste registram média acima da projetada para o Brasil. O mais envelhecido é o Rio Grande do Sul, com 35,9 anos. Para o IBGE, o avanço na idade populacional pode ser medido também com a comparação das pessoas com 65 anos ou mais e os menores de 15 anos, por meio do índice de envelhecimento da população.
Conforme o estudo, em 2060 um quarto da população (25,5%) terá mais de 65 anos. No total, para cada 100 pessoas com idade de trabalhar, que é a faixa compreendida entre 15 e 64 anos, o país teria 67,2 indivíduos acima desta idade ou abaixo de 15 anos.
No Brasil, o índice em 2018 indica que o país tem 43,2 crianças de até 14 anos para cada 100 idosos com 65 anos ou mais.
Em 2039, a projeção aponta que o indicador vai passar de 100, o que representará mais pessoas idosas que crianças.
O estudo mostra que, em 2029, o Rio Grande do Sul deverá ser o primeiro a ter uma proporção maior de idosos do que de crianças de até 14 anos. Mas, em 2033, Rio de Janeiro e Minas Gerais deverão ter relação semelhante.
Com comportamento diferente, o Amazonas e a Roraima vão continuar com mais crianças e idosos até o limite da projeção em 2060.
Expectativa de vida
Com 79,7 anos, Santa Catarina, que atualmente tem a maior esperança de vida ao nascer para ambos os sexos, subirá para 84,5 anos em 2060. O Maranhão, com a menor expectativa de vida ao nascer (71,1 anos) em 2018, vai perder a posição para o Piauí que, em 2060, terá a taxa de 77 anos.
(Fonte: Agência Brasil)