O Estudo Econômico da América Latina e do Caribe 2018, divulgado hoje (23) pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), não traz muitas novidades.
Para o Brasil, a projeção é de um crescimento de 1,5% este ano, um pouquinho acima da média para a região (1,6%) e bem abaixo do aumento do Produto Interno Bruto previsto para o Paraguai (4,4%).
A Argentina, com 0,3% negativo, entra no pequeno rol dos países com economia em queda: Venezuela (que despencará 12%) e Dominica (-6,4%).
Para toda a região, a projeção caiu 0,7 ponto percentual em relação à estimativa anterior, que apontava crescimento médio de 2,2% em 2018.
Para o Brasil, a previsão era de 2%, antes. Segundo a Cepal, um dos fatores para a desaceleração foi a paralisação de 11 dias dos caminhoneiros, em maio, que impedindo grande parte da circulação de mercadorias e, portanto, da produção. Além disso, os resultados do primeiro trimestre ficaram abaixo da trajetória esperada.
“Ainda que em junho tenham se recuperado os níveis de produção e atividade, as perdas sofridas e as incertezas geradas em relação à evolução da economia diante do resultado das próximas eleições e a deterioração do cenário internacional, bem como as exportações para a Argentina, reduziram as estimativas de crescimento do PIB do Brasil para 1,6%”, diz o relatório.
Como em estudos anteriores, existe uma grande heterogeneidade entre os diferentes países e sub-regiões. No caso da América do Sul, o crescimento esperado é de 1,2% em 2018, enquanto a América Central cresceria 3,4% e o Caribe 1,7%.
Com relação aos países, República Dominicana e Panamá devem liderar o crescimento de toda a região, com um aumento do PIB de 5,4% e 5,2%.
Na América do Sul, especificamente, a liderança no crescimento será do Paraguai (4,4%), seguido da Bolívia (4,3%) e Chile (3,9%).
(Fonte: Agência Brasil)