Caçador argentino decorava sala com cabeça e patas de elefante e outros animais

Esta e as outras fotos da página são do site Infobae.

Que prazer sente alguém em ter na sala uma cabeça de elefante, que ele próprio matou? E fazer banquetas com os pés desse animal? E, na mesma casa, ter pelas paredes cabeças e animais inteiros empalhados, também abatidos a tiros em várias partes do mundo?

Pois é, tudo isso foi encontrado na reserva mantida pelo caçador profissional argentino Jorge Néstor Noya, que mora em Santiago del Estero (a uns 1.200 km daqui).

Mas, embora a atividade de caça seja legal (pelas leis argentinas), Noya infringiu a legislação ambiental porque havia abatido também pumas (Puma concolor cabrerae é o nome científico da espécie) e outros animais protegidos, inclusive sob ameaça de extinção.

E foi por isso que, esta semana, uma de suas propriedades foi invadida pela Divisão de Crime Ambiental da Polícia Federal Argentina. E deu flagrante: em um freezer, havia um puma congelado; em outra parte, mais um puma congelado; e, numa área de taxidermia, um terceiro puma estava sendo preparado.

Um dos pumas encontrados numa das propriedades de Noya.

A notícia foi publicada pelo site Infobae, que conta que Jorge Néstor Noya é caçador profissional há 40 anos. E que sua empresa, Caza & Safaris, oferece pacotes para entusiastas da caça em todo o mundo.

A caça pode ser feita na própria Argentina, onde a empresa tem quatro reservas florestais. Noya anuncia, por exemplo (diz o Infobae), viagens de cinco dias para caçar búfalos em Santiago del Estero, com pelo menos um troféu garantido, todas as comodidades necessárias e voo charter opcional.

As excursões em busca de veados vermelhos no solo de Buenos Aires são outra opção. O menu inclui mais veados: cervos, antílopes pretos, cervos de eixo, também javali e muflons, com galhadas impressionantes.

Os fiscais ficaram impressionados com tudo o que acharam na propriedade de Noya: mais de cem peças de animais. No living, havia dois chifres de elefante de quase um metro e meio cada um, próximos a um grande cervo empalhado ao lado de vários outros menores, numa espécie de diorama, como descreve o Infobae.

Os despojos incluíam ainda veados dos pântanos, espécie ameaçada de extinção, e um cardeal amarelo, uma das aves mais ameaçadas da Argentina.

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